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Não será "fácil nem simples" reformar a Previdência, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados lembrou que só entre este ano e o próximo o déficit da Previdência aumentará em R$ 50 bilhões

Rodrigo Maia: "Todas as reformas estão sendo menores do que a gente gostaria" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodrigo Maia: "Todas as reformas estão sendo menores do que a gente gostaria" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de setembro de 2017 às 17h31.

Última atualização em 29 de setembro de 2017 às 17h36.

Rio - A reforma da Previdência deverá ser menor do que a esperada, como todas as outras que viraram "minirreformas", e não será fácil nem simples de ser aprovada, disse nesta sexta-feira, 29, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em encontro com reitores de universidades e instituições de pesquisa no Rio.

"Todas as reformas estão sendo menores do que a gente gostaria, e a da Previdência já é menor do que o governo gostaria", disse em evento no Rio para discutir ajuda ao Estado com reitores de universidades e instituições de pesquisa.

"Vamos ver o que vamos conseguir até o final de outubro, não é fácil, não é simples", completou.

Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro, as 63 universidades federais do Brasil somam um déficit de R$ 5 bilhões.

Maia prometeu ajuda no curto prazo para as localizadas no Rio, mas ressaltou que é preciso olhar no longo prazo e por isso é importante aprovar a reforma da Previdência.

"Quando a gente fala que o déficit da Previdência atrapalha a vida das pessoas, é que com isso temos menos investimentos em ciência e tecnologia, em educação, por isso eu chamo de "incêndio fiscal", se nós não fizermos a reforma do Estado brasileiro, o mínimo que seja agora, e uma mudança profunda na próxima legislatura, estamos inviabilizando investimentos em áreas fundamentais no País", afirmou.

Ele lembrou que só entre este ano e o próximo o déficit da Previdência aumentará em R$ 50 bilhões. Na reunião com as universidades, ele estima que a ajuda seria entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.

"Claro que vamos resolver (universidades e pesquisa), no curto prazo vamos dar uma solução em conjunto, e no médio e longo prazo vamos continuar com a nossa defesa, o governo federal não pode ter mais um Orçamento desse tamanho, de trilhão de reais, e não ter investimento com educação", explicou.

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