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"Não se pode canonizá-los", diz Mendes sobre equipe da Lava Jato

Ele voltou a criticar o que classificou de "abusos" e disse que foi crítico quando os procuradores decidiram "assumir o papel de legislador"

Gilmar Mendes: perguntado sobre sua posição a respeito da Lava Jato, disse que é um dos maiores defensores da operação (Ueslei Marcelino/Reuters)

Gilmar Mendes: perguntado sobre sua posição a respeito da Lava Jato, disse que é um dos maiores defensores da operação (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 22h49.

Rio - O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse que não se pode "canonizar"os integrantes da força tarefa da Lava Jato.

Ele voltou a criticar o que classificou de "abusos" e disse que foi crítico quando os procuradores decidiram "assumir o papel de legislador", ao proporem as medidas contra a corrupção.

Perguntado sobre sua posição a respeito da Lava Jato, disse que é um dos maiores defensores da operação, mas que mantém posição crítica.

"Não defendo abusos e não concordo quando os membros da Lava Jato decidem assumir o papel de legislador, aí claro que eu sou crítico. Examinei essas propostas e critiquei a que acabava com habeas corpus. O cidadão que assinou isso obviamente não sabe que ele próprio está correndo risco se a proposta for aprovada. Acho que a Lava Jato cumpre papel importantíssimo. Disse isso no Congresso Nacional. Só vamos ter reforma política graças à Lava Jato, que colocou todo o sistema político e o sistema econômico-financeiro exposto. Essa é uma grande vitória. Daí a canonizá-los, a deificá-los, vai uma distância."

Mendes participou, no Rio, de cerimônia para comemorar os 20 anos da urna eletrônica.

Acompanhe tudo sobre:Operação Lava JatoSupremo Tribunal Federal (STF)

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