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Não se deve "demonizar" a Petrobras, diz Eduardo Braga

Novo ministro de Minas e Energia disse que as denúncias de corrupção na empresa são fatores que perturbam o mercado e pediu o apoio da população à estatal


	Eduardo Braga: "a Petrobras precisa do nosso apoio, do apoio de todos os brasileiros, para que possa prosseguir na sua tarefa de transformar o Brasil em um grande produtor mundial de petróleo"
 (Agência Brasil)

Eduardo Braga: "a Petrobras precisa do nosso apoio, do apoio de todos os brasileiros, para que possa prosseguir na sua tarefa de transformar o Brasil em um grande produtor mundial de petróleo" (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 20h08.

Brasília - O novo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, assumiu o discurso em defesa da Petrobras adotado pela presidente Dilma Rousseff.

Durante cerimônia de transmissão do cargo, Braga disse que as denúncias de corrupção na empresa são fatores que perturbam o mercado, mas afirmou que não se deve "demonizar" a companhia e pediu o apoio da população à estatal.

"As denúncias envolvendo a Petrobras são, constituem fatores de perturbação do mercado", afirmou. "A Petrobras precisa do nosso apoio, do apoio de todos os brasileiros, para que possa prosseguir na sua tarefa de transformar o Brasil, em um futuro próximo, em um grande produtor mundial de petróleo."

Braga disse que as denúncias que forem comprovadas pelos órgãos de controle serão consideradas para a "necessária punição dos culpados". Na avaliação dele, a companhia está dando respostas adequadas aos questionamentos.

"Não devemos e nem podemos demonizar a empresa", afirmou o ministro."Não podemos confundir isso com a Petrobras. Acho que a Petrobras é maior que tudo isso", acrescentou.

O ministro disse ainda que é preciso aprimorar os procedimentos de governança da Petrobras e melhorar sua gestão. "A Petrobras tem um desafio grandioso para que o Brasil possa se tornar um dos maiores exportadores de petróleo e um papel grandioso para ajudar no desenvolvimento econômico e social do País."

Questionado, o ministro não respondeu perguntas sobre quem seriam os "predadores internos e inimigos externos" da Petrobras. A expressão foi usada ontem pela presidente Dilma Rousseff durante seu discurso de posse do segundo mandato.

"Não poderia eu nominar os inimigos internos ou externos. O que nós podemos dizer é que há uma conjuntura internacional em que há uma estrategia para desvalorização barril do petróleo. Sabemos que isso não é uma política que poderá ser sustentada indefinidamente", disse.

A despeito da queda na cotação do barril do petróleo, atualmente abaixo do patamar de US$ 60, Braga defendeu a manutenção dos investimentos no pré-sal. "Isso tem impactos futuros para o Brasil, na educação, saúde, economia e competitividade dos nossos produtos."

O ministro disse que ainda não está definida a nova composição dos membros do Conselho de Administração da Petrobras. O assunto deve ser tratado nas próximas semanas com a presidente Dilma Rousseff.

De saída do cargo, o ex-ministro Edison Lobão também defendeu a companhia em sua despedida e demonstrou apoio à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.

"Devo citar a importância da Petrobras para o Brasil, sem a qual o país seria menor do que hoje é. Dirigindo-me a todos menciono o nome da Dra. Graça Foster, que prezo e admiro."

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