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"Não precisa votar no coisa ruim ou no coisa pior", afirma Ciro em MG

Candidato afirmou que pretende conquistar os votos dos indecisos (5% dos entrevistados, segundo a última pesquisa)

Ciro Gomes: O pedetista chamou Bolsonaro de "extremista militar" e o PT de "organização que passou a abusar do poder" (Nacho Doce/Reuters)

Ciro Gomes: O pedetista chamou Bolsonaro de "extremista militar" e o PT de "organização que passou a abusar do poder" (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 14h37.

Última atualização em 2 de outubro de 2018 às 15h01.

Belo Horizonte - O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou que se considera a alternativa para evitar a polarização entre os líderes nas pesquisas de intenção de voto para o Planalto, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Após criticar os dois adversários, o pedetista também disse que tentará "virar" o cenário da eleição a partir de Minas Gerais.

"Eu estou trabalhando para mostrar que não precisa votar no coisa ruim ou no coisa pior só porque não tem alternativa. Tenho ficha limpa, tenho boas propostas, tenho experiência, capacidade de dialogar", disse Ciro em Belo Horizonte, após conceder entrevista à Rádio Itatiaia.

O pedetista chamou Bolsonaro de "extremista militar" e o PT de "organização que passou a abusar do poder", mas sem mencionar diretamente candidato do partido.

Projeções

Na pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira, 1, o pedetista se manteve na terceira colocação, com 11% das intenções de voto. Na liderança, Bolsonaro chegou a 31%, enquanto Haddad manteve o patamar dos 21%.

Ciro afirmou que pretende conquistar os votos dos indecisos - 5% dos entrevistados segundo a última pesquisa - dos eleitores que estão optando pelo voto útil. "Você não precisa votar no PT porque não gosta do Bolsonaro, nem votar no Bolsonaro porque não gosta do PT. Me dê uma chance, analise minha história", afirmou.

O candidato se mostrou confiante de que estará no segundo turno e evitou dizer quem apoiaria caso não ficasse entre os dois mais votados.

Ciro pretende voltar a Minas Gerais na última semana da campanha, para uma visita à região norte ou ao Vale do Jequitinhonha. Para ele, Minas é capaz de "dar sinal de equilíbrio" ao Brasil. "Que lindo vai ser Minas salvar o Brasil do precipício da radicalização e aqui virar o jogo que está impondo ao brasileiro uma escolha perigosa", afirmou.

O candidato esteve acompanhado do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, do PHS, seu principal aliado político em Minas, e também do presidente do PDT no Estado, deputado federal Mário Heringer. Da capital mineira, Ciro seguiu para São Paulo.

Palocci

Questionado se considera que as revelações da delação do ex-ministro Antonio Palocci poderiam ajudá-lo a chegar ao segundo turno, Ciro disse que "não consegue ficar alegre com isso".

A colaboração de Palocci foi revelada na segunda-feira, por decisão do juiz Sérgio Moro.

"Vamos passar os últimos cinco dias de eleição de novo na mesma lenga-lenga, no mesmo escândalo, na mesma nojeira, que é o que tem marcado a vida brasileira desde a crise de 2014", finalizou Ciro.

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