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Não poderia deixar MEC sangrando, diz Bolsonaro sobre demissão de Vélez

Segundo o presidente, ex-ministro não tinha "expertise" e foi acumulando "uma série de problemas" na gestão do Ministério da Educação

Vélez: ministro foi demitido nesta segunda-feira (Amanda Perobelli/Reuters)

Vélez: ministro foi demitido nesta segunda-feira (Amanda Perobelli/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de abril de 2019 às 21h12.

Última atualização em 8 de abril de 2019 às 21h12.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 8, que a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez do Ministério da Educação foi motivada por problemas de "gestão". Segundo ele, Vélez "não tinha essa expertise" e acabou "acumulando uma série de problemas".

"Basicamente é a questão da gestão. Lamentavelmente o ministro não tinha essa expertise. Aí foi acumulando uma série de problemas. A gente não pode deixar sangrando um ministério que é importantíssimo", afirmou o presidente durante entrevista à TV Jovem Pan.

No final da manhã de hoje, via Twitter, Bolsonaro anunciou o nome do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Segundo ele, o novo titular terá liberdade para escolher seus assessores e montar sua equipe.

"Ele é do ramo. É professor universitário, sabe gerar e conversar. Está gabaritado. Todas as pessoas serão indicadas por ele. Mesmo nas minhas indicações, ele têm poder de veto", afirmou o presidente, lembrando que há "um montão de coisas pela frente" a ser realizada.

Mais cedo, Bolsonaro anunciou que Weintraub substituiria Vélez no MEC. Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub foi executivo do mercado financeiro, atuou no grupo Votorantim e foi membro do comitê de Trading da BM&FBovespa.

Em 2016, coordenou a apresentação de uma proposta alternativa de reforma da previdência social formulada pelos professores da Unifesp. Antes de se tornar ministro, o professor atuava como secretário executivo da Casa Civil, sob o comando de Onyx Lorenzoni.

Vélez

Pelo Twitter, o ex-ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro e desejou sorte ao seu sucessor, Abraham Weintraub. "Agradeço ao presidente, Jair Bolsonaro, a oportunidade de estar à frente do Ministério da Educação. Confio em sua decisão e me despeço desejando ao professor, Abraham Weintraub, sucesso no cumprimento de sua missão", escreveu.

Vélez foi comunicado da decisão em reunião com Bolsonaro, pela manhã, no Palácio do Planalto. A decisão foi formalizada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A posse de Abraham ocorrerá nesta terça-feira, 9, no Planalto, às 14h, antes da reunião do Conselho de Governo.

 

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