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Não podemos nos impressionar com mau humor internacional, diz Mantega

Ao enfatizar que o governo adotou vários estímulos para aquecer a economia, Mantega disse que o governo continuará desonerando a produção

Guido Mantega fala de investimento no lançamento do PAC Equipamento (Ueslei Marcelino/Reuters)

Guido Mantega fala de investimento no lançamento do PAC Equipamento (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 22h37.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou nesta quarta-feira a salientar que o Brasil está preparado para enfrentar a crise mundial e que os agentes econômicos não devem se deixar influenciar pelo nervosismo dos mercados financeiros.

"Não podemos nos deixar impressionar pelo mau humor do cenário internacional", disse o ministro durante solenidade realizada pela revista Exame `a noite.

Ao enfatizar que o governo adotou vários estímulos para aquecer a economia, Mantega disse que o governo continuará desonerando a produção. "Vamos continuar nessa direção, de racionalizar o sistema tributário, bem como diminuir o peso de impostos sobre a produção e o consumo", disse, acrescentando que o mercado interno é o maior ativo brasileiro.

Na última semana, o governo anunciou pacote de compras governamentais adicionais de 6,6 bilhões de reais, além da prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca, móveis, papel de parede e luminárias.

Ao mencionar a possibilidade de novos estímulo, Mantega disse que é necessário manter a sustentabilidade das contas públicas.

Ele falou ainda sobre a valorização do dólar e o efeito disso na economia brasileira. "A taxa de câmbio mais ajustada reduz o custo em moeda estrangeira e eleva a competitividade do produto nacional." Ao mencionar que mudanças estruturais em curso na economia do país ele citou redução da taxa de juros e o mix de política macroeconômica formada pela política fiscal e inflação sobre controle. Segundo ele, essa nova estrutura está tornando o Brasil um pólo de atração de investimentos produtivos e não mais um destino de capital especulativo.

"Estamos deixando de ser o último peru gordo do Natal", comentou.

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