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Não haverá vacinação de crianças contra covid-19 em 2021, diz Queiroga

Segundo o cardiologista, haverá "uma discussão ampla" com cientistas, sociedade civil e Conselho Nacional de Justiça (CNJ) antes do início da imunização do grupo

Vacinação em crianças: as declarações foram dadas em conversa com jornalistas nesta quinta-feira na sede da pasta (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Vacinação em crianças: as declarações foram dadas em conversa com jornalistas nesta quinta-feira na sede da pasta (Jefferson Rudy/Agência Senado)

AO

Agência O Globo

Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 20h11.

Última atualização em 16 de dezembro de 2021 às 20h23.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a vacinação de crianças contra a covid-19 não começará neste ano. Até o momento, não há reserva de doses ou previsão de data para início da imunização do grupo. As declarações foram dadas em conversa com jornalistas nesta quinta-feira na sede da pasta.

Segundo o cardiologista, haverá "uma discussão ampla" com cientistas, sociedade civil e Conselho Nacional de Justiça (CNJ) antes do início da imunização do grupo.

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— 2021? Quantos dias faltam para (acabar) 2021? Vocês acham que têm? Quanto tempo a Anvisa demorou para dar um posicionamento acerca dessas doses? — respondeu aos jornalistas. — É preciso ser feita uma análise. A Anvisa é uma avaliação. A avaliação que é feita pela Câmara Técnica do ministério é outra. O ministério vai discutir amplamente esse assunto com a sociedade.

A Anvisa incluiu crianças de 5 a 11 anos na bula da vacina da Pfizer. Segundo anúncio, são duas doses de Pfizer, com intervalo de 21 dias. Até o momento, essa é a única vacina aprovada para o público infantil. Logo, não deve haver intercambialidade — ou mix — de vacinas.

A decisão foi anunciada em reunião virtual nesta quinta-feira e uma resolução, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). O contrato já assinado com a Pfizer, no entanto, prevê a possibilidade de fornecer vacinas modificadas para atuar contra variantes, cujas doses podem ser desenvolvidas pelo laboratório, e também para faixas etárias, caso a pasta solicite.

O Food and Drugs Administration (FDA), dos Estados Unidos, já havia aprovado o imunizante para a faixa etária em novembro. Indagado se o ministério não teria se planeja para adquirir vacinas para o grupo à época, Queiroga respondeu:

— FDA é Estados Unidos, ele cuida dos Estados Unidos. Aqui, no Brasil, o Ministério da Saúde é outra instância, outro tipo de avaliação. A avaliação de dose de vacina em crianças depende de momento epidemiológico. Tem uma série de avaliações.

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