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Não há previsão de aumento de impostos em 2018, diz Meirelles

Ministro da Fazenda disse que o Orçamento do País é "sustentável e equilibrado" e que não há a necessidade de trazer a CPMF de volta

Henrique Meirelles: "Se não houver reforma, os brasileiros não vão receber suas aposentadorias" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Henrique Meirelles: "Se não houver reforma, os brasileiros não vão receber suas aposentadorias" (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 14h41.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira, 21, que não há previsão de aumento de impostos este ano e que o Orçamento do País é "sustentável e equilibrado". Em entrevista à radio Bandeirantes, ele declarou que a reforma da Previdência "não está sepultada" e será votada tão logo a intervenção federal no Rio de Janeiro seja encerrada.

Perguntado pelos ouvintes da rádio se defende a volta da CPMF, Meirelles ressaltou que, no momento, não há a necessidade de trazer este tributo de volta.

O ministro falou que o corte de despesas do governo é "forte" e há um controle rígido dos gastos. Ele ressaltou, porém, que grande parte das despesas do Orçamento não é definida pelo governo, pois muitas são rígidas e atreladas à Constituição, como os gastos previdenciários.

Meirelles ressaltou que o déficit da Previdência vai crescendo a cada ano e daqui a dez anos vai ocupar 80% do orçamento do governo, sobrando pouco para outros gastos, como educação e saúde.

"Não é uma questão de, se será feita, mas quando será feita", disse o ministro ao falar sobre a perspectiva para a reforma previdenciária. Ele ressaltou que caso nada seja feito, o País pode ficar como a Grécia. "Se não houver reforma, os brasileiros não vão receber suas aposentadorias."

A reforma da Previdência, ressaltou Meirelles, tem efeito a médio prazo e vai garantir que não se eleve impostos no futuro. "Minha ideia é fazer a reforma para não ter de aumentar impostos", disse ele.

Intervenção

A intervenção no Rio, afirmou o ministro, era "absolutamente necessária" e relatou que, "uma das evidências disso é que crianças, senhoras e jovens vinham sendo alvos de balas perdidas". "O País não pode conviver com uma situação desse tipo", disse, ressaltando que houve escalada da violência no Carnaval e, por isso, o momento da decisão sobre a intervenção foi adequada.

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