José Eduardo Cardozo: "Vamos ficar o quanto for necessário para o cumprimento dessa primeira etapa e os prazos são ajustáveis a essa necessidade" (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2014 às 15h19.
Rio de Janeiro - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que não há prazo para a permanência das tropas federais no Complexo da Maré, zona norte do Rio.
"Vamos ficar o quanto for necessário para o cumprimento dessa primeira etapa e os prazos são ajustáveis a essa necessidade".
A primeira etapa a qual ele se refere é a ocupação da Maré pelas forças federais para preparar a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), prevista para o segundo semestre deste ano.
O Complexo da Maré já possui um Batalhão próprio, o 22º BPM, com cerca de 600 policiais que, com a chegada das Forças Armadas, deverão se submerer às decisões federais.
Perguntado sobre a relação entre os ataques à UPP do Mandela, no Complexo de Manguinhos, na zona norte, e a ocupação do Complexo da Maré, o governador do Rio, Sérgio Cabral, foi evasivo.
"Direta e indiretamente (a ocupação da Maré) tem a ver com as ações em Manguinhos".
Cardozo e Cabral estiveram reunidos no Centro Integrado de Comando e Controle, no centro do Rio, com o chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas, general de Exército, José Carlos de Nardi e a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, além de representantes das Polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal.
Os detalhes da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), operação militar em área previamente estabelecida e com prazo limitado, ainda estão sendo acordados.