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Não há perspectiva de reduzir ou eliminar bônus, diz Sabesp

Segundo diretor, todas as medidas lançadas para garantir o abastecimento à região metropolitana de São Paulo devem ser mantidas


	Água saindo da torneira: a companhia registrou a adesão de 82% dos clientes da região metropolitana de São Paulo
 (Fuse/Thinkstock)

Água saindo da torneira: a companhia registrou a adesão de 82% dos clientes da região metropolitana de São Paulo (Fuse/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2015 às 14h52.

São Paulo - A Sabesp deve manter sua política de bônus como está. "Não temos neste momento nenhuma perspectiva de reduzir ou eliminar a política de bônus", disse o diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Rui Affonso, durante teleconferência com analistas e jornalistas, nesta terça-feira 19.

De acordo com ele, todas as medidas lançadas para garantir o abastecimento à região metropolitana de São Paulo devem ser mantidas, incluindo não apenas o programa de bônus, mas também o controle da pressão noturna e o remanejamento de sistemas, enquanto houver a escassez hídrica.

De acordo com ele, o que pode ocorrer é uma alteração nas políticas, como já foi feito com a mudança na fórmula de cálculo do bônus.

Em março e abril, a companhia registrou a adesão de 82% dos clientes da região metropolitana de São Paulo.

Dos 18% que registraram consumo acima da média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, 11% pagaram tarifa de contingência e outros 7% não pagaram porque registraram um consumo mínimo.

A diminuição do consumo motivada pelo programa de bônus foi responsável por 19% da economia de água dos reservatórios do Sistema Cantareira, segundo o executivo.

A principal responsável pela economia, no entanto, foram as "manobras operacionais para controles de perdas", mais conhecidas como redução da pressão, que respondeu por 42%.

O remanejamento de água entre sistemas produtores colaborou com outros 36% e os demais 3% se referiram à redução da transferência de água para alguns municípios, como Guarulhos e São Caetano.

Previsões

Questionado sobre cenário futuro, Affonso comentou que as sinalizações ainda são de "deserto pela frente". Ele lembrou que embora a pluviometria tenha melhorado entre fevereiro e março, piorou em abril.

"Em termos de projeção para este ano, a situação continua difícil e não temos condições de prever se 2016 será melhor, estamos muito longe de atravessar o deserto", disse.

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