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Não há mais favoritos para 2º turno em SP, diz analista

Candidatos devem usar os dois últimos dias de campanha de rua para reforçar o corpo-a-corpo com eleitores


	Candidatos à Prefeitura de São Paulo: Fernando Haddad, Celso Russomanno e José Serra
 (Instituto Lula/Divulgação/Facebook/Montagem EXAME.com)

Candidatos à Prefeitura de São Paulo: Fernando Haddad, Celso Russomanno e José Serra (Instituto Lula/Divulgação/Facebook/Montagem EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2012 às 21h12.

São Paulo - A tendência de queda do candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, que apareceu com 25% das intenções de votos na pesquisa Datafolha/TV Globo divulgada na noite desta quarta-feira (3), aponta que já não há mais favoritos entre os candidatos com melhor pontuação nas pesquisas para irem ao segundo turno, avalia o especialista em marketing político e pesquisa eleitoral Sidney Kuntz. "A única certeza que podemos ter agora é que de fato haverá um segundo turno", disse. Na pesquisa, José Serra (PSDB) apareceu com 23% das intenções de votos e Fernando Haddad (PT), 18%. No dia 20 de setembro, Russomanno tinha 35% das intenções de votos no Datafolha.

O especialista argumenta que, com a proximidade das eleições, restam poucas alternativas para Russomanno reverter a tendência de queda. "O horário eleitoral para prefeito termina hoje, não vai ter mais internet depois de sexta-feira. Não tem muito o que fazer", afirmou. Somado a isso, ele reforça que Haddad e Serra mantiveram suas intenções de votos, oscilando um ponto para cima cada um.

Para Kuntz, os candidatos devem usar os dois últimos dias de campanha de rua para reforçar o corpo-a-corpo com eleitores. "O método agora é semelhante ao das cidades de menor porte. Vão ter que multiplicar a campanha de rua da forma que der", avalia.

A queda de Russomanno, diz Kuntz, foi motivada pelas críticas dos adversários às suas propostas e aos apoios políticos que ele procurou. "Muitos dos seus apoios não são bem vistos, como ex-funcionários da administração Celso Pitta(1997-2000). Além disso, houve uma mistura de religião e política pela sua campanha e os apoios (religiosos) não estão se revertendo em votos para ele", afirmou.

O maior beneficiário da queda de Russomanno foi o candidato do PMDB, Gabriel Chalita, que oscilou positivamente 2 pontos, passando dos 9% para 11% das intenções de votos. "Tardiamente ele está virando a terceira via, ele está sendo beneficiado da queda. Está tirando os pontos de cima e fortalecendo sua candidatura", disse. Kuntz, no entanto, não coloca Chalita entre os postulantes para ir ao segundo turno.

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