Brasil

Não há alternativa ao ajuste, diz Calheiros sobre superavit

Votação do Projeto de Lei do Congresso que autoriza o governo a promover abatimento sem limite da meta de resultado primário deste ano gerou tensão


	O presidente do Senando, Renan Calheiros (PMDB-AL): “estamos chegando ao final do ano. O Congresso não tem alternativa ao ajuste. Não podemos faltar com o Brasil"
 (José Cruz/Agência Brasil)

O presidente do Senando, Renan Calheiros (PMDB-AL): “estamos chegando ao final do ano. O Congresso não tem alternativa ao ajuste. Não podemos faltar com o Brasil" (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 13h02.

Brasília - Mesmo após o clima tenso entre governistas e oposicionistas, gerado pela votação, na madrugada de hoje (25), na Comissão Mista de Orçamento, do Projeto de Lei do Congresso (PLN) 36/2014, que autoriza o governo a promover abatimento sem limite da meta de resultado primário deste ano, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que “ não há alternativa ao ajuste”.

“Estamos chegando ao final do ano. O Congresso não tem alternativa ao ajuste. Não podemos faltar com o Brasil. Então, é fundamental que votemos isso logo”, afirmou o senador.

Sobre a possibilidade de votar a proposta ainda hoje, apesar da pauta trancada por 38 vetos e quatro projetos de lei, Renan disse que seria o melhor caminho e que tentaria criar condições para isso.

“A votação do projeto vai depender fundamentalmente da evolução da sessão.Vamos votar os vetos. Vou fazer uma reunião com os líderes para tentar simplificar o encaminhamento da sessão.

Por enquanto, o desejo é votar. Se houver quórum para que possamos dar continuidade, logo após a conclusão da apreciação dos vetos, vai ser melhor”, afirmou.

O projeto retira da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) o teto de abatimento da meta de superávit, estabelecida em R$ 116,1 bilhões.

A regra atual diz que o governo pode abater R$ 67 bilhões da meta, com base nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e nas desonerações tributárias destinadas a estimular setores da produção, principalmente o automobilístico.

A proposta em análise não estabelece um teto e abre a possibilidade de o governo abater da meta o total do PAC, mais as desonerações, que já passaram de R$ 120 bilhões. Com isso, será possível o Executivo manejar o superávit.

Acompanhe tudo sobre:CongressoGovernoOposição políticaOrçamento federal

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar