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Não é só Araraquara: veja outras cidades de SP à beira do colapso na saúde

Um dos principais motivos para a alta no número de casos e a lotação máxima dos hospitais é a variante do coronavírus detectada em Manaus

Araraquara amanhece vazia em primeiro dia de lockdown (Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA/Divulgação)

Araraquara amanhece vazia em primeiro dia de lockdown (Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA/Divulgação)

CA

Carla Aranha

Publicado em 22 de fevereiro de 2021 às 15h18.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2021 às 08h45.

Depois de Araraquara decretar um lockdown por causa do aumento de casos da Covid-19 e a presença da variante de Manaus, que provocou a lotação dos hospitais, outras cidades paulistas apresentam um cenário semelhante.

A situação já não é mais restrita a um ou outro município. Grande parte do interior paulista está em estado de alerta. "Ultrapassamos o maior número da história da pandemia e temos que ter uma atenção especial a algumas regiões", disse Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde. Nas últimas 24 horas, foram registrados 2.550 casos da doença e 43 mortes. As internações hospitalares aumentaram 5,6% em relação aos últimos sete dias, colocando o estado em uma situação preocupante.

Em cidades como Jaú, a 296 quilômetros de São Paulo, o quadro é de alerta máximo. Sem vagas nos leitos de UTI, a cidade já prepara a transferência de pacientes para outras localidades. Segundo a gestão municipal, há fila de espera para atendimento nos hospitais. Nos últimos dias, foram abertos mais de 30 leitos para a Covid-19, que agora se relevam insuficientes para suprir a demanda. A prefeitura informou que a variante encontrada em Manaus, chamada de P.1, está circulando pela cidade.

A região de Campinas também vive uma crise sem precedentes na saúde, com 100% de lotação dos leitos de UTI na rede pública. A cidade, onde foram identificados 35 pacientes com a variante do coronavírus, já estuda a transferência de pacientes para municípios próximos -- em alguns, no entanto, não há mais vagas na rede de saúde.

É o caso de Valinhos e Vinhedo, em que as UTIs já lotaram. Sorocaba, que vem mantendo índices elevados de ocupação hospitalar desde dezembro, também sofre com o aumento no número de internações. Em Presidente Prudente, a taxa de ocupação de leitos passa de 90%.

O governo estadual analisa novas medidas de redução da mobilidade, que devem ser anunciadas na próxima quarta, dia 24.

 

 

 

 

 

 

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