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Não é questão de ser o Lula, é questão de ser a lei, diz Marina Silva

Pré-candidata disputaria um segundo turno com Bolsonaro (PSL) em um eventual cenário sem Lula nas urnas, de acordo com pesquisa eleitoral CNT/MDA

Marina Silva: "A lei tem que ser aplicada independentemente de quem é o julgado, não se pode ter uma lei que é removida em função de quem está sendo julgado" (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Marina Silva: "A lei tem que ser aplicada independentemente de quem é o julgado, não se pode ter uma lei que é removida em função de quem está sendo julgado" (Elza Fiuza/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de março de 2018 às 20h11.

São Paulo - A pré-candidata à Presidência pela Rede Sustentabilidade, Marina Silva, disse nesta sexta-feira, 23, que "lei tem que ser aplicada independentemente de quem é o julgado" e voltou a defender a manutenção da prisão após a segunda instância.

"Não é uma questão de: 'é o Lula'. É uma questão de é a lei. A lei tem que ser aplicada independentemente de quem é o julgado, não se pode ter uma lei que é removida em função de quem está sendo julgado", disse a ex-ministra do Meio Ambiente de Lula.

A declaração foi feita depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) adiar em quase duas semanas o julgamento do habeas corpus do ex-presidente. A Corte garantiu efeito suspensivo para um possível pedido de prisão do petista até o próximo dia 4, data da próxima sessão do STF.

"Eu vou esperar o dia 4 para saber o que vai acontecer", disse Marina, quando questionada se acha que o Judiciário poderia estar envolvido no processo de "estancar a sangria" com outros partidos, como ela própria diz. "Não tem lei específica para ninguém. A lei da ficha limpa é para todos", concluiu.

A pré-candidata disputaria um segundo turno com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) em um eventual cenário sem Lula nas urnas, de acordo com pesquisa eleitoral CNT/MDA deste mês.

Aliança com movimentos sociais

Marina compareceu ao anúncio de aliança da Rede com a Frente Favela Brasil no Estado de São Paulo. O grupo não conseguiu tornar-se partido no ano passado, como planejava, mas tem anunciado candidaturas por meio de outras siglas.

Em São Paulo, a coordenadora da FFB, Nilza Camilla, assinou filiação no evento e declarou que sairá para candidata estadual em outubro. Fez parte da negociação da aliança a promessa de que a Rede ajudaria a FFB a arrecadar assinaturas para se tornar um partido.

"A política perdeu um pouco a capacidade de lidar com outros movimentos, com outros atores que não fossem os partidos políticos. A Rede nasceu com esse propósito, de conectar com núcleos vivos da sociedade", afirmou o porta-voz da Rede, Zé Gustavo.

O partido já anunciou outras alianças com movimentos da sociedade civil, como o Agora! e o Acredito. Na próxima semana, deve anunciar compromisso com o Brasil 21 também.

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