Brasil

"Não dê munição ao canalha", diz Bolsonaro sobre soltura de Lula

Após se manter em silêncio ontem, o atual presidente se pronunciou no Twitter sobre a soltura do ex-presidente petista

Bolsonaro: "Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros", escreveu o presidente (Alan Santos/PR/Flickr)

Bolsonaro: "Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros", escreveu o presidente (Alan Santos/PR/Flickr)

BC

Beatriz Correia

Publicado em 9 de novembro de 2019 às 11h29.

São Paulo — Após ficar em silêncio sobre a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão, o atual presidente Jair Bolsonaro se pronunciou neste sábado (9) no Twitter. "Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa", escreveu.

Lula deixou a sede da superintendência da Polícia Federal em Curitiba no final da tarde de sexta-feira (8) e hoje reúne a militância em São Bernardo do Campo, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.

A Justiça determinou a soltura do petista em concordância com a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (7) de revogar a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Por 6 votos a 5, a Suprema Corte entendeu que a antecipação da pena é inconstitucional.

A princípio, Bolsonaro não havia se pronunciado sobre a soltura de Lula. Segundo um aliado do presidente no Congresso, ele evitaria dar sinais de afronta à decisão do STF sobre a segunda instância.

Em discurso no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (08), o presidente afirmou a populares que é responsável apenas pelo que acontece no Poder Executivo. "Não vou entrar numa furada", disse. "Tenho responsabilidade com todos vocês", completou.

Mas, neste sábado o presidente falou sobre a decisão da Justiça que levou à soltura de Lula e sobre o próprio governo. "Eu tive a grande satisfação de ser eleito e ser, talvez, o único que está cumprindo o que prometeu durante a campanha", disse.

"Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa se torna um bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos", continuou o presidente.

No primeiro discurso após deixar a prisão, Lula criticou Bolsonaro e disse que vai continuar “lutando para melhorar a vida do povo brasileiro, que está uma desgraça” e para “impedir que esses caras não entreguem o país aos estrangeiros”.

Acompanhe tudo sobre:PrisõesLuiz Inácio Lula da SilvaSupremo Tribunal Federal (STF)Jair Bolsonaro

Mais de Brasil

Bolsonaro tem crise de soluço e passa por atendimento médico na prisão da PF

Senado vai votar PL Antifacção na próxima semana, diz Davi Alcolumbre

Entrega de 1ª escola de PPP de SP deve ser antecipada para início de 2026

Após prisão, PL suspende salários e atividades partidárias de Bolsonaro