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Não dá para tomar decisões em cima de achismo, diz Toffoli

Presidente do STF voltou a defender o isolamento como estratégia para combater o coronavírus

Toffoli: ministro afirmou que no estado democrático de direito "não há como deturpar os fatos" (Adriano Machado/Reuters)

Toffoli: ministro afirmou que no estado democrático de direito "não há como deturpar os fatos" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de março de 2020 às 17h33.

Em uma live ao lado do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, voltou a defender o isolamento como estratégia para combater o coronavírus. A transmissão ao vivo foi realizada no Instagram de Santa Cruz.

"Tudo que tem ocorrido no mundo leva a crer na necessidade do isolamento realmente. Que é para puxar a diminuição de uma curva e ter atendimento de saúde para população em geral", afirmou Toffoli.

Na mesma transmissão, o ministro também disse que, em um estado democrático de direito "não há como deturpar os fatos" e que a partir dos mesmos é que se toma as 'melhores decisões".

"Não dá para tomar decisões em cima do que eu acho, do que eu penso, do que eu gostaria que fosse. Nós temos que analisar e tomar decisões diante daquilo que é a realidade se não ela se volta contra nós", disse.

Bolsonaro

A política de isolamento tem sido desincentivada pelo presidente Jair Bolsonaro, que chegou, neste domingo, 29, a visitar estabelecimentos e defender, perante a vendedores e apoiadores, a volta do comércio.

A publicação no Twitter foi apagada pela rede social, que tem excluído conteúdos que neguem ou distorçam orientações dos órgãos de saúde em relação ao combate e prevenção ao novo coronavírus.

Neste sábado, 28, o governo sofreu um revés na Justiça Federal do Rio, que acolheu pedido do Ministério Público Federal e determinou a suspensão da campanha publicitária "O Brasil não pode parar". Após tirar os posts do ar, o governo passou a afirmar que nunca os publicou.

Um dia antes, na sexta-feira, 27, a Justiça Federal do Rio também suspendeu trecho de decreto do presidente e barrou a reabertura de igrejas e lotéricas, que haviam sido incluídas como serviços essenciais.

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