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Não dá para aprovar pacote anticorrupção, diz deputado

Deputado afirmou que seria uma "irresponsabilidade" aprovar o pacote das dez medidas contra a corrupção, proposto pelo Ministério Público Federal


	Deputado Domingos Sávio: segundo deputado, alguns pontos do projeto não permitem direito de defesa aos agentes públicos e representariam irresponsabilidade
 (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Deputado Domingos Sávio: segundo deputado, alguns pontos do projeto não permitem direito de defesa aos agentes públicos e representariam irresponsabilidade (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2016 às 19h11.

Brasília - O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) afirmou que seria uma "irresponsabilidade" aprovar o pacote das dez medidas contra a corrupção, proposto pelo Ministério Público Federal (MPF), na íntegra.

"O melhor documento não é aquele que diz amém à proposta do MPF", disse. Segundo Sávio, alguns pontos do projeto não permitem direito de defesa aos agentes públicos e representariam "uma volta à Idade Média com uma caça às bruxas irresponsável". "Não queremos minimizar, queremos endurecer as medidas", declarou.

Deputados da comissão que analisa medidas de combate à corrupção negaram que o colegiado quer "afrouxar" o pacote do MPF. Para o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS), durante as reuniões, "os deputados nunca disseram ser contra as medidas, apenas fizeram questionamentos".

"Se não puderem fazer perguntas, então não faz sentido ter essa comissão", considerou Pereira. Líder do PPS, Rubens Bueno (PR) declarou que é "evidente que existe um projeto que precisa ser adequado", mas ponderou que ninguém quer "afrouxar coisa nenhuma".

A comissão promove nesta tarde uma audiência pública interativa, contudo, apenas nove dos 30 membros titulares estão participando das discussões.

Os deputados já ouviram Rudinei Marques, Presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (FONACATE) e do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (UNACON Sindical); Denise Gimenez Ramos, Doutora em Psicologia Clínica; e Lucieni Pereira da Silva, Auditora Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União.

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