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"Não acho que nossa democracia esteja sob risco grave", diz Barroso

Ministro do STF, Luís Roberto Barroso afirmou que "além da retórica, nada houve que apontasse declínio da democracia"

Luís Roberto Barroso: "A democracia foi chacoalhada, sim, em diferentes partes do mundo, e, aqui entre nós, há alguns comportamentos que levantaram temores relevantes" (Nelson Jr./SCO/STF/Divulgação)

Luís Roberto Barroso: "A democracia foi chacoalhada, sim, em diferentes partes do mundo, e, aqui entre nós, há alguns comportamentos que levantaram temores relevantes" (Nelson Jr./SCO/STF/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de julho de 2020 às 20h54.

Última atualização em 6 de julho de 2020 às 21h04.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso afirmou que, "para além da retórica, não aconteceu nada no Brasil que verdadeiramente se pudesse identificar como uma derrocada da democracia." Barroso participou de transmissão ao vivo promovida pela Congregação Israelita Paulista (CIP) nesta segunda, 6.

"Eu não acho que nossa democracia esteja sob risco grave, mas o simples fato de você me fazer esta pergunta já denota uma preocupação que há pouco tempo nós não tínhamos e, portanto, eu não gostaria de fechar os olhos para a realidade", respondeu o ministro à pergunta do rabino Michel Schlesinger sobre a possibilidade de risco à democracia brasileira.

Segundo Barroso, quando tanto o Judiciário quanto o Legislativo tomaram decisões antagônicas ao Executivo, "houve choro e ranger de dentes, mas a Constituição foi cumprida." "Tanto o Congresso quanto o STF têm oferecido resistência, têm tido um papel relevante, altivo e acho que isso tem sim preservado a democracia", disse.

"A democracia foi chacoalhada, sim, em diferentes partes do mundo, e, aqui entre nós, há alguns comportamentos que levantaram temores relevantes", completou.

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