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Nadadores americanos não precisam se desculpar, diz Rio-2016

"Esses garotos tentaram se divertir, eles tentaram representar seu país com o melhor de suas habilidades", disse o diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016


	Nadadores: "esses garotos tentaram se divertir, eles tentaram representar seu país com o melhor de suas habilidades", disse o diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016
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Nadadores: "esses garotos tentaram se divertir, eles tentaram representar seu país com o melhor de suas habilidades", disse o diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2016 às 18h58.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos Rio 2016 saíram em defesa de quatro nadadores dos Estados Unidos cujos relatos de que teriam sido assaltados no Rio no fim de semana têm sido questionados pela polícia, afirmando que eles são apenas garotos que estavam se divertindo e cometeram um erro.

"Esses garotos tentaram se divertir, eles tentaram representar seu país com o melhor de suas habilidades", disse o diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016, Mario Andrada.

"Eles competiram sob uma pressão gigantesca. Vamos dar um tempo para esses garotos. Às vezes você faz coisas das quais se arrepende depois. Eles se divertiram, eles cometeram um erro. A vida segue", acrescentou sem dar mais detalhes.

Já para o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, a única verdade no depoimento dos americanos é que eles estavam bêbados.

“A Justiça vai determinar o que vai acontecer com ele. Esses atletas devem desculpas ao carioca. Não vou pedir que eles peçam desculpas aos policiais, mas peçam desculpa ao povo carioca", disse ele ao G1.

Nesta quinta-feira (18), a polícia desmentiu a versão dos atletas americanos, de que teriam sido assaltados em uma falsa blitz, sob a mira de armas. Autoridades afirmam que eles se envolveram em uma confusão em um posto de gasolina, e chegaram a vandalizar o estabelecimento.

Nesta tarde, os nadadores americanos Gunnar Bentz e Jack Conger chegaram para prestar depoimento na Delegacia Especial de Atendimento ao Turista.

Eles estavam junto com Jimmy Feigen e Ryan Lotche na festa na Casa da França, e todos eles voltaram juntos no táxi, que supostamente foi parado na falsa blitz.

Na noite de quarta-feira (17), eles foram impedidos de embarcar em um voo com destino a Houston, nos EUA mas não quiseram prestar depoimento no aeroporto. De acordo com a Folha de S.Paulo, orientados por funcionários do consulado americano e um advogado, eles optaram por permanecer em silêncio.

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De acordo com a versão incial dos atletas, eles foram assaltados na madrugada do domingo (14), quando voltavam de uma festa na Zona Sul do Rio.

Eles teriam sido parados em uma falsa blitz por homens armados com pistolas, que roubaram suas carteiras. As credenciais e os celulares dos atletas não teriam sido levadas.

Os questionamentos das autoridades aumentaram quando o jornal britânico Daily Mail divulgou imagens dos atletas retornando ao alojamento perto das 7 horas da manhã de domingo, cerca de três horas após o horário que eles supostamente saíram da festa.

Ao jornal O Globo, o advogado de Lochte, Jeff Ostrow, afirmou que em nenhum momento foi solicitado que o atleta permanecesse no Brasil, e acusou a polícia brasileira de "fazer um circo", para "salvar sua pele".

(Com informações da Reuters)

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