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Nações Unidas pede fronteiras abertas para refugiados sírios

A crise na Síria tem 28 meses e já matou mais de 90 mil pessoas, segundo organizações não governamentais


	Crianças no campo de refugiados de Bab al-Salam, na cidade síria de Azaz: de acordo com os dados das Nações Unidas, os países com maior número de refugiados sírios são o Iraque, com mais de 160 mil, e o Egito, com cerca de 90 mil.
 (Jm Lopez/AFP)

Crianças no campo de refugiados de Bab al-Salam, na cidade síria de Azaz: de acordo com os dados das Nações Unidas, os países com maior número de refugiados sírios são o Iraque, com mais de 160 mil, e o Egito, com cerca de 90 mil. (Jm Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 16h50.

Brasília – O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, pediu hoje (22) que os países não limitem o acesso de refugiados sírios às fronteiras vizinhas. "Reitero o meu apelo a todos os Estados, na região e mais longe, de manter as fronteiras abertas e receber todos os sírios que buscam proteção", disse Guterres.

A crise na Síria tem 28 meses e já matou mais de 90 mil pessoas, segundo organizações não governamentais. Os confrontos eclodiram em meio às cobranças da oposição para o presidente sírio, Bashar Al Assad, deixar o poder. Assad se nega a renunciar.

Guterres disse que o esquema de segurança na região está cada vez mais impedido a passagem dos sírios nas áreas fronteiriças. Cerca de 1,8 milhão de refugiados sírios partiram, nos últimos dois anos, para o Líbano, a Jordânia, a Turquia, o Iraque e o Egito.

De acordo com os dados das Nações Unidas, os países com maior número de refugiados sírios são o Iraque, com mais de 160 mil, e o Egito, com cerca de 90 mil. O alto comissário apelou ainda para que as instituições financeiras internacionais e as agências de desenvolvimento nacionais e regionais cooperem nos projetos de apoio aos refugiados.

"O que eu estou pedindo hoje é essencial para mitigar o risco de uma explosão que poderia envolver todo o Oriente Médio. Mas só uma solução política para a Síria, e um fim à luta, pode parar totalmente este risco", disse Guterres.

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