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Na Vila Olímpia, "pancadões" se mantêm mesmo com operação

Irregularidades encontradas pela equipe de polícia era semelhante à outros bairros da capital paulista

Vila Olímpia: pancadões ocorrem mesmo com fiscalização da polícia (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

Vila Olímpia: pancadões ocorrem mesmo com fiscalização da polícia (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 10h20.

São Paulo - O prefeito regional de Pinheiros, Paulo Mathias, acompanhou uma operação contra bares irregulares, na Rua Soares de Barros, na Vila Olímpia, zona sul da capital.

A ação, chamada por ele de Prefeito Na Madrugada, já atuou em Pinheiros e Vila Madalena, sempre em busca dos estabelecimentos que não respeitam a Lei do Silêncio e de vias fechadas pelos frequentadores desses bares.

A irregularidade encontrada pela equipe era semelhante à outros bairros da capital paulista: havia um bar aberto, música alta na rua - as caixas de som foram retiradas assim que a polícia chegou - e jovens tomando toda a via, impossibilitando a passagem dos carros. Ali era possível comprar bebida e maconha à vontade.

Mesmo com o bar fechado, a estratégia foi de comprar bebida em outros lugares e voltar para o fluxo. Quando a caminhonete da Prefeitura começou a remover as cadeiras do bar, que precisou ser fechado - o proprietário teve de pagar multa de R$ 8 mil -, uma menina subiu na carroceria do veículo público e começou a rebolar e dançar.

"Fora, Doria!", gritaram os presentes. "Por que não vai cuidar do asfalto, ao invés de atrapalhar a diversão dos outros?", indagou um rapaz.

"Estamos aqui há dois anos, quase três. Não tem ninguém usando droga, são pessoas de bem, que estudam e vêm aqui para beber", disse o estudante Igor Sauseda, de 20 anos, filho do dono do estabelecimento.

"Depois que a galera começou a ficar aqui, virou até uma oportunidade de poder andar na rua tranquilo. São alunos de Insper, Anhembi Morumbi, Mackenzie... aqui não é baile funk. Ninguém vem para 'causar' ou tumultuar. Mas parece que a Prefeitura acha que voltamos à ditadura", lamentou o estudante Mateus Reis, de 18 anos.

Até o prefeito regional foi alvo de questionamentos e protestos e, em um dos casos, entrou no bate-boca. "Por que isso? Eu pago meus impostos. E aí, você não vai me responder?", gritava uma estudante, enquanto filmava o prefeito regional. "O bar não está cumprindo a lei, a lei da 1 hora", respondeu Mathias.

"Que hora?", questionou novamente a jovem. "A Lei do Psiu. Você não estava acostumada, deve ser amiguinha do Haddad", ironizou o prefeito regional. "Sou amiga do Haddad. E do Doria, que adora vir aqui. O filho dele estava aqui ontem", rebateu ela.

A distância

Os policiais acompanharam a ação a distância. "Se estivessem danificando o patrimônio, aí poderíamos agir. Não é o caso aqui", disse o sargento João Gabriel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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