Ex-presidente Lula recebeu Marta Suplicy: "Os paulistanos ainda lembram o que foi a gestão Marta", afirmou o ex-presidente (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2012 às 22h22.
São Paulo - Dois dias após o anúncio de que entraria na campanha do petista Fernando Haddad em São Paulo, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) ainda não apareceu no programa do candidato, mas foi a figura mais mencionada na TV por Haddad e seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu programa eleitoral da noite desta quarta-feira, o candidato do PT falou dos benefícios do Bilhete Único, criado na gestão Marta (2001-2004), prometeu o bilhete mensal e lembrou das dificuldades enfrentadas pela ex-prefeita para reorganizar o sistema em São Paulo. Marta deve aparecer, no programa de TV de Haddad, pedindo votos para o petista nos próximos dias.
"Os paulistanos ainda lembram o que foi a gestão Marta", afirmou o ex-presidente. Lula disse ainda que a ex-prefeita "teve coragem de lutar sozinha para mudar o sistema" e que ela "não teve apoio do governo do Estado" na implementação do Bilhete Único. Haddad afirmou que fará "uma grande inovação" criando o Bilhete Único Mensal e que vai procurar o governo estadual para que o Metrô e a CPTM se integrem ao novo bilhete. "Durante todo o mês, o paulistano vai poder andar livremente", garantiu.
A campanha do PSDB mostrou na TV as realizações do candidato José Serra nas áreas de saúde, educação e moradia. O programa exibiu favelas urbanizadas pela gestão "Serra/Kassab". "Tenho o maior orgulho do que fizemos nestas comunidades", declarou o candidato. O tucano ressaltou que é preciso experiência e "quilometragem" para implementar projetos como aquele. Na área de educação, o programa disse que Serra acabou com as escolas de lata no município, e na saúde, foi mostrado a parceria com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) na construção do Instituto do Câncer. "Quando Prefeitura e Estado trabalham unidos, tudo anda melhor", pregou Alckmin.
Saúde foi o tema mais discutido no horário eleitoral desta quarta-feira. O peemedebista Gabriel Chalita comparou as UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), financiadas pelo governo federal, com as AMAs (Assistência Médico Ambulatorial) da atual gestão municipal e disse que os modelos de UPA são melhores que as AMAs. "Doença não marca hora e não tem tempo de esperar acabar a picuinha entre PT e PSDB", apontou o candidato.
O candidato Celso Russomanno (PRB) mostrou imagens de paulistanos reclamando do atendimento médico na cidade. "Quem está nas ruas sabe que o que falta é médico", concluiu. Soninha Francine (PPS) também contou a história de moradores que enfrentam a burocracia do sistema de saúde. "Vou reunir vários médicos em mutirão", prometeu. Já Paulo Pereira da Silva (PDT) falou de transporte público e prometeu levar emprego para os bairros periféricos.
O candidato do PRTB, Levy Fidelix, prometeu deslocar a rodoviária do Tietê e o Ceagesp para áreas próximas ao Rodoanel, uma medida que, segundo ele, melhoraria o trânsito na cidade. Plínio de Arruda Sampaio, ex-candidato do PSOL à Presidência da República, pediu votos para o candidato do partido, Carlos Giannazi. Ana Luiza Figueiredo (PSTU) culpou Haddad, Serra e o prefeito Gilberto Kassab pelos problemas na área de educação.
José Maria Eymael (PSDC) defendeu a criação de mais vagas em creches. Miguel Manso (PPL) propôs substituir os ônibus convencionais por biarticulados em corredores de exclusivos para suprir a escassez de estações de Metrô. Anaí Caproni (PCO) atacou o "caos" na atual administração, a qual chamou de "despótica".