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Na TV, Haddad cita Ibope e Serra aposta na biografia

A saída de Serra da Prefeitura, apontada como um dos principais fatores de sua rejeição junto ao eleitorado paulistano


	Fernando Haddad: o programa do petista abordou ainda o seu projeto "Arco do Futuro" e as propostas de Haddad para a área de transportes
 (Divulgação/Facebook)

Fernando Haddad: o programa do petista abordou ainda o seu projeto "Arco do Futuro" e as propostas de Haddad para a área de transportes (Divulgação/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 22h36.

São Paulo - Os candidatos que disputam o segundo turno das eleições na capital paulista, o petista Fernando Haddad e o tucano José Serra, continuaram tentando desqualificar um ao outro, no programa do horário eleitoral gratuito exibido na noite desta quinta-feira, ao mesmo tempo em que mostraram ao eleitorado suas qualidades e feitos. A saída de Serra da Prefeitura, apontada como um dos principais fatores de sua rejeição junto ao eleitorado paulistano, foi mais uma vez explorada pelo programa de Fernando Haddad. O petista foi exibido, em entrevista à rádio CBN, assinando um documento no qual se compromete a ficar os quatro anos no mandato, caso seja eleito, e ressaltando que além da assinatura, valia a sua palavra. Em seguida, o programa mostrou o adversário do PSDB, em entrevista à mesma emissora, instado a assinar documento semelhante, destacando, contudo, que (assiná-lo) seria uma "palhaçada".

Além da aposta na saída de Serra da Prefeitura (em 2006, com menos de dois anos de mandato), o programa de Haddad mostrou a mais recente pesquisa Ibope, que dá ao petista vantagem sobre o tucano. "Haddad dispara ainda mais na liderança", disse o locutor, argumentando que a vantagem dele sobre Serra é de 20 pontos (porcentuais, levando em conta os votos válidos, excluindo os brancos e nulos, que dá ao petista 60% contra 40% de Serra). A linha de apostar no novo e na mudança continuou sendo explorada, com o locutor dizendo que a cidade sente falta de alguém que queira cuidar de sua administração e ficar os quatro anos de mandato, lembrando que Serra deixou o mandato no meio e Gilberto Kassab, o atual prefeito e sucessor de Serra, se preocupou mais em fundar um novo partido, o PSD.


O programa do petista abordou ainda o seu projeto "Arco do Futuro" e as propostas de Haddad para a área de transportes, a fim de desafogar o trânsito da cidade. O candidato do PT disse que pretende melhorar o serviço nas áreas da saúde, com a construção de novos hospitais e a Rede Hora Certa. Lembrou que nesta quinta-feira se comemora o Dia do Médico e disse que, se eleito, vai melhorar o salários desses profissionais e valorizar a categoria. E na educação, disse que pretende construir centros olímpicos e culturais. "A cidade de São Paulo é a 10ª mais rica do mundo, administrando bem e fazendo as parcerias adequadas dá pra fazer tudo isso e muito mais. Tenho a oferecer planejamento e trabalho sério", disse o candidato do PT. A propaganda eleitoral de Haddad ainda mostrou o apoio de sindicatos de trabalhadores à candidatura petista e chamou o eleitorado para o grande comício deste sábado (dia 20), no Ginásio da Portuguesa, com a presidente da República, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Lula, dentre outros correligionários.

O programa do tucano José Serra abriu com o locutor tecendo críticas ao adversário petista. Ele disse que Fernando Haddad ficou sete anos à frente do Ministério da Educação e "o País viveu uma mas maiores crises de sua história" nessa área. E mostrou depoimentos de alguns estudantes, muitos não identificados, com críticas ao sistema de ensino do País e imagens de alguns campi universitários não concluídos, como os de Guarulhos e o de Brasília. "Não é por mal, mas Haddad não está preparado, tinha orçamento bilionário, mas não deu conta do serviço, foi o pior ministro da Educação que o Brasil já teve", disse o locutor.

Depois das críticas, o candidato do PSDB apareceu, em caminhadas pelas ruas da cidade, abraçando eleitores e comentando, inclusive, o final da novela Avenida Brasil. "Há quatro suspeitos da morte (do personagem) Max", disse Serra para uma eleitora. Além das caminhadas, o programa do tucano exibiu obras realizadas em sua gestão, inclusive quando foi governador de São Paulo, numa justificativa de que sua saída da Prefeitura não interrompeu sua gestão na cidade. Foram mostradas obras de expansão do metrô e da CPTM e as parcerias com o prefeito Kassab e com o governador Geraldo Alckmin na área dos transportes.

Serra apareceu no programa falando de sua gestão como governador. "Quando fui governador, fiz o maior investimento em trem e metrô, de R$ 18 bilhões. E se estiver na Prefeitura, terá obra em sete linhas (de metrô) ao mesmo tempo", destacou. O tucano disse que tais obras irão permitir a integração rápida dos passageiros nas diferentes zonas da cidade. "Tudo isso exige experiência, nós temos condições de fazer", frisou o tucano. E, no final, o locutor do programa destacou a biografia do candidato: "Administrador competente, preparado, honrado, a história já provou, onde Serra põe a mão dá certo", citando que ele fez "revoluções" nas áreas pelas quais passou, como a criação dos genéricos, mutirões da saúde, vacinação contra gripe e combate à aids.

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