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Na próxima semana, Rabello deixa BNDES para concorrer às eleições

O presidente do BNDES se filiou ao PSC no ano passado com o objetivo de concorrer à Presidência

Rabello: "tomara que possa trazer verdades ao debate", disse Rabello de Castro (Pilar Olivares/Reuters)

Rabello: "tomara que possa trazer verdades ao debate", disse Rabello de Castro (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de março de 2018 às 12h27.

Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, vai deixar o banco na próxima semana para se dedicar a sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PSC, dando início a uma disputa pela sucessão na instituição de fomento.

"Tomara que possa trazer verdades ao debate", disse Rabello de Castro à Reuters nesta sexta-feira.

Rabello de Castro, que preside o BNDES desde maio de 2017, se filiou ao PSC no ano passado com o objetivo de concorrer à Presidência, e a decisão foi sacramentada nesta semana, disseram à Reuters assessores do partido e do próprio pré-candidato.

O presidente do BNDES se juntará a outros presidenciáveis ligados ao governo do presidente Michel Temer, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Além disso, o próprio Temer reconheceu que cogita concorrer a um novo mandato na eleição presidencial de outubro.

Antes da sua saída do BNDES, Rabello de Castro promoveu um remanejamento da diretoria. Internamente ele defende que seu sucessor na presidência da instituição seja um diretor da casa, e ele advoga pelo nome de Carlos Thadeu de Freitas, da área financeira, ex-diretor do Banco Central.

No entanto, uma fonte que falou sob sigilo acredita que o nome do próximo presidente do BNDES virá de fora do banco, provavelmente de uma indicação do Ministério da Fazenda ou até da área política do governo.

"A indicação pode vir da Fazenda e todos sabem que há uma divergência entra o Paulo e o Meirelles, e a equipe econômicanão gostaria de mais uma nome para bater de frente", disse a fonte.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, questionado pela Reuters sobre a sucessão no BNDES, disse que o substituto "ainda não está definido". Reportagens publicadas por jornais nesta sexta-feira colocaram o próprio Dyogo como um dos mais cotados para o cargo.

Entre os nomes de dentro do banco é forte o nome do diretor Carlos Costa, mais alinhado com a equipe econômica do governo. Recentemente, o diretor Ricardo Ramos, que passou a cuidar da área de mercado de capitais e da Bndespar, também foi especulado.

Há ainda a possibilidade de uma indicação política. Entre os interessados em nomear o próximo presidente do BNDES estaria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

"Agora que começou a reforma (ministerial) a tendência é mais para uma indicação política do que técnica", disse a fonte ouvida pela Reuters.

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