Brasil

No final da gestão de Aras, Lindôra volta ao cargo e reassume investigações sobre Bolsonaro

Vice-procuradora estava de férias nos EUA e teve que passar por cirurgia de emergência, em decorrência de uma obstrução intestinal

PGR: vice-procuradora voltará a atuar nos casos criminais em curso no stf (Adriano Machado/Reuters)

PGR: vice-procuradora voltará a atuar nos casos criminais em curso no stf (Adriano Machado/Reuters)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 15 de setembro de 2023 às 14h19.

Última atualização em 15 de setembro de 2023 às 14h20.

Lindôra Araújo reassume nesta sexta-feira, 15, o cargo de vice-procuradora-geral da República após passar três semanas afastada para um tratamento de saúde. A mudança foi oficializada no Diário Oficial da União.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, ela estava de férias nos Estados Unidos quando precisou passar por uma cirurgia de emergência em decorrência de uma obstrução intestinal.

Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente

A vice-procuradora voltará a atuar nos casos criminais em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

O acervo pendente inclui inquéritos sensíveis ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro, como as investigações das fraudes nos cartões de vacina da covid-19 e do desvio de presentes diplomáticos e o inquérito das milícias digitais.

Com o retorno de Lindôra, o subprocurador-geral Luiz Augusto Santos Lima, que havia sido designado para um mandato "tampão" como número dois da PGR, foi dispensado.

O que esperar da gestão de Lindôra?

Lindôra reassume na reta final do mandato do procurador-geral da República Augusto Aras, que termina em 26 de setembro.

Considerada uma das principais vozes bolsonaristas no Ministério Público Federal, ela não deve permanecer no cargo após a saída do PGR.

Cabe ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, indicar o sucessor de Aras, que por sua vez tem autonomia para escolher o vice-procurador.

Durante sua gestão, Lindôra atuou em casos sensíveis e sistematicamente fez pareceres que isentaram Bolsonaro e seu governo de responsabilidades por atos ou medidas polêmicas, como nos indiciamentos da CPI da Covid, na investigação sobre fake news da vacina, no inquérito sobre o vazamento de informações de um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou na apuração sobre tentativas de interferência na Polícia Federal.

Acompanhe tudo sobre:PGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaAugusto Aras

Mais de Brasil

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados