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Na CPI, gerente nega superfaturamento em refinaria de PE

Alexandre Rabello disse que o custo da obra da refinaria de Abreu e Lima está compatível com os valores praticados no mercado

Alexandre Rabello e o senador Vital do Rêgo durante reunião da CPI da Petrobras no Senado  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Alexandre Rabello e o senador Vital do Rêgo durante reunião da CPI da Petrobras no Senado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2014 às 13h50.

Brasília - O gerente de engenharia de custos da Petrobras, Alexandre Rabello, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o custo da obra da refinaria de Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, está compatível com os valores praticados no mercado.

A refinaria teve um preço inicial orçado em US$ 2,4 bilhões para atualmente em US$ 18,5 bilhões. A previsão é que a primeira etapa de Abreu e Lima esteja pronta no final deste ano.

Em depoimento à CPI do Senado, até o momento, Rabello não respondeu a vários questionamentos sob a alegação de que os custos da obra na fase de execução não integram a área de Engenharia de Custos, da qual faz parte.

"O que posso dizer é que as unidades estimadas tiveram valores compatíveis com os valores de mercado", afirmou.

Rabello evitou comentar diretamente a suspeita de que o ex-diretor da Área de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa seja o responsável pelo superfaturamento em Abreu e Lima.

Paulo Roberto presidiu o conselho de administração da refinaria e afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que a obra foi orçada inicialmente como uma "conta de padeiro". O gerente frisou que a área dele não participou de todas as fases do processo.

O gerente disse ainda que a primeira etapa do orçamento da Rnest, que estimou a obra em US$ 2,4 bilhões, foi feita pela Diretoria de Abastecimento.

Rabello afirmou que a estatal segue nas contratações o decreto 2.475 que permite simplificar o processo de compras sem a necessidade de se divulgar previamente uma estimativa de custos.

Rabello avaliou que as obras da estatal são mais caras do que as do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestres (Dnit), usadas como parâmetro pelo Tribunal de Contas da União (TCU), porque são de grande porte e envolvem maiores complexidades para serem realizadas. Ele citou o caso da existência de áreas para serem alagadas em um porto, ao contrário da construção de uma rodovia.

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