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Datena diz que só será candidato se puder ser "independente"

Em entrevista, Datena afirmou que cogita a possibilidade de concorrer à Prefeitura de SP apenas se puder ser independente


	Eleições 2016: Datena afirmou que cogita a possibilidade de concorrer à Prefeitura de SP apenas se puder ser independente
 (Fernando Moraes/VEJA São Paulo)

Eleições 2016: Datena afirmou que cogita a possibilidade de concorrer à Prefeitura de SP apenas se puder ser independente (Fernando Moraes/VEJA São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2015 às 10h34.

São Paulo - Em entrevista de 2 minutos e 37 segundos exibida na noite desta terça-feira, 10, pelo Jornal da Band , o apresentador da emissora José Luiz Datena disse que atualmente não é candidato a prefeito de São Paulo, mas se concede o "benefício da dúvida", pois antes quer "saber se teria alguma possibilidade de ser realmente independente".

Ele ainda fez críticas ao "jogo sujo" da política e aos envolvidos em corrupção.

"Posso não ser o melhor cara para ser prefeito de São Paulo, Rio de Janeiro ou Salvador, mas eu falo o que penso e acredito no que penso. E outra coisa, eu não meto a mão na cumbuca, não meto a mão no pote eu nunca fui ladrão, nunca tomei dinheiro de ninguém", afirmou Datena, que recentemente deixou o PT, após 23 anos, para se filiar ao PP.

Na entrevista - cuja duração supera os 1 minuto e 35 segundos que o novo partido do apresentador agregou à propaganda do atual prefeito, Fernando Haddad (PT) -, o apresentador se comprometeu a abrir sua conta bancária "para quem quiser ver" e disse que seus rendimentos são exclusivamente vindos da emissora para a qual trabalha.

A manifestação de Datena ocorre em meio às discussões dentro do PP para lançá-lo na disputa pela sucessão de Haddad.

O deputado estadual Antonio Olim (PP) é cotado para ser o vice e já manifestou apoio à candidatura do apresentador.

Pesquisa do Datafolha divulgada no começo do mês mostrou que Datena aparece no segundo lugar nas intenções de voto dos paulistanos, com 13%, empatado com a senadora Marta Suplicy (PMDB), outra ex-petista, e Haddad.

Em primeiro lugar no levantamento aparece o também apresentador de TV Celso Russomanno (PRB), com 34%.

Na entrevista desta terça, Datena disse que não esperava o resultado da pesquisa, atribui a isso o fato de a população confiar nele e analisa até que ponto um gestor público pode manter sua "independência" das disputas políticas.

"Até que ponto você pode, ser independente, não participar de manobra política, de jogo sujo, ou de jogadinha, porque o cenário da política atual é deprimente. E até que ponto, se eleito, você pode fugir disso tudo e conseguir tocar a terceira maior cidade do planeta", afirmou.

"Se eu sentir que eu não tenho a mínima capacidade de ter poder para ajudar cidadão diretamente, evidente que eu não entraria nesse jogo de jeito nenhum", seguiu o apresentador.

O partido ao qual Datena se filiou, o PP, é o que tem mais políticos investigados na Operação Lava Jato, por suspeitas de recebimento de propinas no esquema de corrupção na Petrobras.

Em São Paulo, a legenda foi historicamente comandada pelo ex-prefeito e deputado Paulo Maluf, que defende a manutenção da aliança com Haddad em 2016.

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