Museu Nacional: incêndio destruiu quase todo acervo em setembro (Fernando Frazão/Agência Brasil)
EFE
Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 18h16.
Última atualização em 16 de janeiro de 2019 às 20h37.
Rio de Janeiro - O Museu Nacional apresentou nesta quarta-feira a exposição "Quando nem tudo era gelo - Novas descobertas no continente Antártico", a primeira depois do incêndio de grandes proporções que destruiu 90% do acervo em setembro do ano passado.
Situada no Centro Cultural Casa da Moeda, no Centro do Rio de Janeiro, a inauguração oficial da exposição ao público será amanhã. A entrada será gratuita e o público poderá visitar a mostra até maio.
O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, declarou que a exposição "demonstra que o museu segue vivo e continua cumprindo a sua função", ao abrir uma exposição quatro meses depois do incêndio.
A mostra, focada na Antártida, ensina o trabalho realizado por paleontólogos nessa região. É possível observar fósseis, ferramentas como brocas e pincéis usados pela equipe de pesquisadores que se deslocou até o Polo Sul, barracas de acampamentos e fotografias, entre outros detalhes.
Segundo explicou a paleontóloga Juliana Sayao, o mais chamativo da exposição é um fóssil que corresponde a um resto de pterossauro, um réptil voador cujo primeiro registro na Antártida remonta ao período Cretáceo.
Além disso, seis das peças (1%) da exposição foram recuperadas do museu depois que as chamas devoraram a maior parte dos exemplares que o edifício abrigava.
Sayao também explicou que a exposição, que faz parte do projeto Paleoantar, estava prevista para outubro do ano passado, já que estava pensada e preparada. Por esse motivo, a direção decidiu fazer a mostra poucos meses após o incêndio.
A exposição é dividida em duas salas. A primeira simula a situação na qual trabalhou a equipe de pesquisa que foi à Antártida, focada nas condições atuais do lugar. A segunda faz uma viagem 90 milhões de anos atrás para descobrir como era o lugar naquela época.