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Multas revoltam caminhoneiros na Dutra

Os caminhoneiros serão relatados à Justiça para aplicação da multa autorizada pelo STF mesmo quando os veículos não obstruem as vias

Caminhoneiros: motoristas ficaram revoltados porque policiais estão fotografando as placas dos caminhões (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Caminhoneiros: motoristas ficaram revoltados porque policiais estão fotografando as placas dos caminhões (Tomaz Silva/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2018 às 18h38.

Rio de Janeiro - Desde as 15h30 de terça-feira, 29, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) identifica veículos de carga que continuam parados em rodovias por conta da paralisação dos caminhoneiros.

Os policiais estão fotografando as placas dos caminhões, o que gerou revolta nos motoristas agrupados na Rodovia Presidente Dutra, na altura do município de Seropédica, maior ponto de mobilização do Estado do Rio.

Os caminhoneiros serão relatados à Justiça para aplicação da multa autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mesmo quando os veículos não obstruem as vias.

A decisão do STF "determinou a liberação de rodovias, acostamentos e entorno, inclusive nos pátios dos postos de combustíveis", diz nota da PRF.

As multas para empresas são de R$ 100 mil por hora e de R$ 10 mil por dia aos motoristas autônomos. No acampamento do km 204 da Dutra, ao serem alertados pela PRF, caminhoneiros ficaram indignados. Eles abraçaram o local onde estão estacionados os caminhões e cantaram o hino nacional.

"A gente não vai sair. Estamos num estacionamento privado, sem atrapalhar a rodovia. Só queremos a nossa dignidade. Não tenho como voltar para casa e dizer para o meu filho que perdi mais essa batalha", disse Marcos Santos, um dos líderes do grupo.

Ele afirmou que as associações que negociaram o acordo com o governo federal não representam os trabalhadores.

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