Brasil

Mulheres só vão ao médico quando estão doentes, mostra pesquisa

Pesquisa feita pelo Ibope mostrou que 59% das mulheres procuram um médico apenas quando estão deoentes; taxa entre os homens é maior

A pesquisa foi feita em homenagem ao Dia Internacional da Mulher (Stock.xchng)

A pesquisa foi feita em homenagem ao Dia Internacional da Mulher (Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 18h15.

São Paulo - Uma pesquisa sobre os hábitos e comportamentos das brasileiras com relação à saúde e consumo feita pelo Ibope Mídia, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, revelou que 59% das mulheres procuram o médico apenas quando sentem que estão realmente doentes, enquanto entre os homens essa taxa é de 64% e a média da população de 62%.

A pesquisa foi feita nas regiões metropolitanas de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília, do Rio de Janeiro e nas cidades do interior de São Paulo e das regiões Sul e Sudeste. Foram entrevistadas 18 mil pessoas de ambos os sexos, de diversas classes sociais, com idades entre 12 e 64 anos, no período de agosto de 2009 a julho de 2010.

De acordo com o levantamento, 47% das mulheres só utilizam serviços públicos de saúde e 49% admitem usar preservativo em novos relacionamentos, enquanto o percentual entre os homens é de 55%.

A diretora Comercial do Ibobe, Dora Câmara, afirmou que o fato de a mulher não ir ao médico com frequência e ter diminuído o uso do preservativo em relacionamentos novos é um dado que chama atenção e preocupa. “Esse número vem caindo a cada ano. Em 2002, 71% das mulheres usavam preservativo quando tinham um novo relacionamento e [atualmente o índice] caiu para 49%. Além disso, a medicina está sendo usada não como prevenção, mas só no momento em que isso é necessário e isso não é nada bom”.

Para a diretora do Ibope, a diminuição no número de mulheres que procuram o médico com frequência pode ser atribuída à falta de tempo da mulher devido ao acúmulo de tarefas tanto em casa quanto no trabalho.

A pesquisa também mostrou que 80% das mulheres ouvidas estão preocupadas com a sua forma física e 79% delas disseram que pagariam qualquer preço para manter a saúde em forma. Porem, 53% disseram que não se cuidam como deveriam devido à vida agitada, 35% que não têm tempo para preparar refeições saudáveis. Mas 56% afirmaram que procuram se cuidar por meio de uma dieta balanceada. Apenas 34% admitiram que praticam esportes ou exercícios pelo menos uma vez por semana.

Sobre os hábitos de consumo, a pesquisa apurou que 69% das brasileiras fizeram compras nos shoppings nos últimos 30 dias, sendo que 79% compraram roupas femininas, 61% calçados, 44% roupas masculinas e 40% roupas infantis. O levantamento também mostrou que 84% das mulheres dão preferência às compras feitas em lojas de rua. A internet é usada por 18%. O gasto médio nas compras chega a R$ 190,83.

Dora Câmara explicou que a pesquisa indica que as mulheres continuam com a característica feminina que é preservar a forma física e o visual. “Ao mesmo tempo é uma mulher bastante moderna que compra pela internet, preserva produtos de qualidade, quer está em ordem com a moda, segue tendência. É uma mulher bastante ativa e que faz milhões de coisas ao mesmo tempo”.

Acompanhe tudo sobre:MulheresSaúde

Mais de Brasil

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas

Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo

Bastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”