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Mulheres do MST protestam contra a Vale em Minas Gerais

A região é a mesma em que está a barragem de Fundão, da Samarco, que se rompeu em novembro do ano passado arrasando o distrito de Bento Rodrigues e matando 17


	Protesto: A região é a mesma em que está a barragem de Fundão, da Samarco, que se rompeu em novembro do ano passado arrasando o distrito de Bento Rodrigues e matando 17
 (Divulgação / Estadão)

Protesto: A região é a mesma em que está a barragem de Fundão, da Samarco, que se rompeu em novembro do ano passado arrasando o distrito de Bento Rodrigues e matando 17 (Divulgação / Estadão)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2016 às 16h40.

Belo Horizonte - Mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) fizeram protesto nesta terça-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, contra a Vale na mina da empresa em Catas Altas (região central de Minas Gerais), que pertence ao Complexo de Mariana.

A região é a mesma em que está a barragem de Fundão, da Samarco - controlada pela Vale e pela BHP Billiton - que se rompeu em 5 de novembro do ano passado arrasando o distrito de Bento Rodrigues. Dezessete pessoas morreram na tragédia.

Duas estão desaparecidas. Segundo o MST, o protesto faz parte da jornada nacional de lutas das mulheres camponesas.

Conforme o MST, 1,5 mil mulheres participaram do ato, realizado na mina de Fazendão.

Houve bloqueio de trecho do ramal ferroviário da Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), utilizado pela Vale para o transporte de minério de ferro até o porto de Vitória, no Espírito Santo.

Conforme a empresa, o número de manifestantes era de aproximadamente 500 pessoas. As mulheres utilizaram lama para escrever frases como "não foi acidente", nas paredes da sede da mina, em menção ao rompimento da barragem.

Em nota, a Vale informou que "a mina de Fazendão, em Catas Altas, foi invadida no início da manhã desta terça-feira (8/3) por cerca de 500 pessoas ligadas ao MST.

Elas picharam e sujaram a portaria e a rodoviária interna da unidade. Os invasores também paralisaram e depredaram o ramal ferroviário da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) que dá acesso a minas da Vale na região".

A empresa afirmou ainda repudiar "veementemente quaisquer ações violentas, depredatórias, que geram riscos à segurança e o bem-estar daqueles que trabalham e utilizam essas unidades invadidas", e que a empresa "tomará todas as medidas cabíveis para restabelecer a normalidade na unidade".

A assessoria da Samarco afirmou não ter havido protesto do MST na empresa em Mariana.

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