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Mulher de Cunha diz que desconhecia origem de dinheiro na Suíça

Ela prestou depoimento na ação penal a que responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas

Cunha e Cláudia: de acordo com os investigadores da Operação Lava Jato, Cláudia era beneficiária de recursos não declarados por Cunha na Suíça (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Cunha e Cláudia: de acordo com os investigadores da Operação Lava Jato, Cláudia era beneficiária de recursos não declarados por Cunha na Suíça (Marcos Oliveira/Agência Senado)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 17h45.

A jornalista Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, disse hoje (16) em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro que não tinha conhecimento sobre a origem de R$ 1,5 milhão, dinheiro usado por ela para fazer compras no exterior.

De acordo com os investigadores da Operação Lava Jato, Cláudia era beneficiária de recursos não declarados por Cunha na Suíça.

Ela prestou depoimento na ação penal a que responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Na audiência, Cláudia Cruz se recusou a responder às perguntas do juiz e do representante do Ministério Público e somente falou ao ser questionada por seu próprio advogado.

Ela disse que tinha apenas um cartão de crédito do banco Julius Bar e não sabia da existência de uma conta corrente vinculada ao cartão.

Cláudia disse que nunca teve motivos para desconfiar do marido e que usava o cartão de crédito internacional para despesas pessoais, cuja fatura era paga pelo ex-deputado.

Questionada se Cunha teria condições de bancar os gastos, Cláudia disse que o marido sempre afirmou que a origem do dinheiro era lícita "Eu já conheci meu marido com ele me contando e eu sabendo que ele atuava em comércio exterior, que ele atuava em bolsa de valores, que ele tinha patrimônio no mercado imobiliário."

Em junho, Moro recebeu denúncia apresentada pela força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato contra Cláudia Cruz e outros investigados que viraram réus.

A denúncia é vinculada à ação penal a que Cunha responde por não ter declarado contas no exterior, que também será julgada por Sérgio Moro.

Cunha está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 19 de outubro.

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