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Mulher atendida pelo "Doutor Bumbum" morreu de embolia pulmonar, diz IML

A bancária Vivian Calixto havia sido submetida a um procedimento realizado no apartamento do médico, na Barra da Tijuca

"Dr. Bumbum": no apartamento do médico os medicamentos dividiam espaço com alimentos na geladeira (@bioplastiamedica/facebook/Reprodução)

"Dr. Bumbum": no apartamento do médico os medicamentos dividiam espaço com alimentos na geladeira (@bioplastiamedica/facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 14h00.

Última atualização em 2 de agosto de 2018 às 14h06.

São Paulo - Laudo do Instituto Médico Legal do Rio mostrou que a bancária Lilian Calixto, de 46 anos, morreu em decorrência de embolia pulmonar, segundo divulgou a TV Globo. A vítima havia sido submetida a um procedimento estético realizado pelo médico Denis Furtado, conhecido como "Doutor Bumbum", no apartamento dele na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

De acordo com a TV Globo, o perito usou o termo "embolia em chuveiro" para descrever as micropartículas espalhadas pelo pulmão, impedindo a oxigenação do sangue. O documento também apontou quadro de choque, com falência de órgãos como fígado e rim.

Um outro laudo finalizado recentemente reforçou que no apartamento do médico há vestígios de uso do local como consultório e para realização de procedimentos médicos estéticos. Haveria até medicamentos na geladeira dividindo espaço com alimentos.

Denis, a sua mãe, a médica Maria de Fátima, e a namorada do médico, Renata Fernandes Cirne, estão presos temporariamente a pedido da polícia. A bancária passou por um preenchimento dos glúteos na cobertura do médico na Barra da Tijuca, o que também está fora das normas médicas.

Lilian sentiu-se mal e foi levada por ele ao Hospital Barra D'Or, onde morreu. Depois da morte, Furtado e Maria de Fátima (que teve o registro de médica cassado em 2015) fugiram. Localizados em um shopping, chegaram a quebrar uma cancela para escapar.

Médico nega acusações

Antes de ser preso, o médico defendeu-se da acusação de homicídio. Em vídeo postado no Instagram, o profissional disse que a morte da paciente foi "uma fatalidade" e queixou-se de estar sofrendo injustiças. Furtado afirmou ainda que já fez mais de 9 mil procedimentos estéticos em nádegas, sem problemas.

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