MTST: o movimento também reclama da ampliação do Minha Casa, Minha Vida, que eleva em quase 50% o teto da renda familiar (Alice Vergueiro / Facebook MTST/Divulgação)
EFE
Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 13h43.
São Paulo - Cerca de 200 pessoas vinculadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) acampam desde a noite de quarta-feira em frente do escritório da Presidência em São Paulo para reivindicar casas populares e criticar o novo plano proposto pelo presidente Michel Temer.
Os manifestantes instalaram um acampamento com lonas e pedaços de bambu na Avenida Paulista e prometem continuar lá até que o governo atenda suas reivindicações.
O movimento também reclama da ampliação do Minha Casa, Minha Vida, que eleva em quase 50% o teto da renda familiar para a adesão ao programa, que passará a ser de R$ 9 mil.
Para o líder do MTST, Guilherme Boulos, com a mudança de regras o "programa social se transforma em um programa de crédito imobiliário" que atende a setores que não têm tantas necessidades.
"Isso é inadmissível e, assim, o programa deixa de ter um cunho social e vira as costas para quem mais precisa", acrescentou Boulos.
O governo, por sua vez, vê na ampliação do programa uma forma de reativar a economia do país, que há dois anos consecutivos apresentou números negativos.
Para o Executivo, facilitar as condições do programa aumentaria a procura por imóveis, o que culminaria em uma maior atividade do setor de construção, causando impacto em toda a cadeia de produção e gerando empregos. EFE