Brasil

MTE lança programa de incentivo para mulheres trabalhadoras

O "Mulher Trabalhadora" busca garantia de direitos, igualdade salarial, igualdade de oportunidade e de tratamento entre mulheres e homens


	Trabalho: o "Mulher Trabalhadora" busca garantia de direitos, igualdade salarial, igualdade de oportunidade e de tratamento entre mulheres e homens
 (Thinkstock)

Trabalho: o "Mulher Trabalhadora" busca garantia de direitos, igualdade salarial, igualdade de oportunidade e de tratamento entre mulheres e homens (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2016 às 13h16.

Brasília - O ministro do Trabalho, Emprego e Previdência Social, Miguel Rossetto, que participou na manhã desta sexta-feira, 11, do lançamento do programa Mulher Trabalhadora, disse que com as diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho, é preciso "analisar, pensar e modificar".

"A sociedade que queremos viver não é racista e não é machista", disse. Ele reconheceu a influência do passado na sociedade ainda hoje. "Dar continuidade ao objetivo permanente de construirmos e disputarmos uma sociedade de iguais é o nosso desafio e o nosso trabalho", afirmou.

Segundo o ministro, existe discriminação não só com as mulheres, mas também com os jovens.

"A nossa mensagem é de compromisso de incorporarmos, na nossa condição de trabalho, cada vez mais espaço para a participação social", completou. E frisou que as "forças conservadoras seculares" voltaram a falar.

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), enquanto 80% dos homens, negros ou brancos, conseguem se colocar disponíveis para uma ocupação no mercado de trabalho, nem 60% das mulheres apresentam taxa de atividade.

A cada 10 mulheres, 4 não conseguem se colocar disponíveis.

A remuneração continua sendo um dos dados que mais mostram a discrepância entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Segundo da pesquisa, os homens continuam ganhando mais do que as mulheres, (R$1.831 contra R$1.288).

Em contrapartida, o Ipea identificou que as mulheres tiveram um crescimento da renda bem acima da média nacional e significativamente maior do que o dos homens. Com isso, a distância entre o grupos reduziu.

O trabalho doméstico continua sendo uma importante ocupação das mulheres, principalmente as negras. Em 2014, 14% das brasileiras ocupadas eram trabalhadoras domésticas.

Outra diferença marcante entre homens e mulheres é o tempo despendido nos afazeres domésticos. As mulheres dedicam cerca de 25 horas semanais para atividades do lar, já os homens apenas 10,9 horas.

Portanto, o maior desafio é inserir as mulheres no mundo do trabalho, com garantia de direitos, igualdade salarial e igualdade de oportunidade e de tratamento entre mulheres e homens.

"Isso constitui um fator fundamental tanto para o desenvolvimento econômico dos Países, como para a conquista da igualdade pelas mulheres em outras esferas da vida" aponta o trabalho realizado pelo Ipea e pelo Ministério do Trabalho.

O evento que o ministro participou nesta manhã faz parte de uma série de comemorações do governo pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado na última terça-feira, 8 de março.

Acompanhe tudo sobre:Direitos trabalhistasFeminismoMachismoMercado de trabalhoMinistério do Trabalho

Mais de Brasil

Governo decide que não vai colocar grades no Palácio do Planalto

Explosões em Brasília são investigadas como ato terrorista, diz PF

Sessão de hoje do STF será mantida mesmo após tentativa de atentado

Moraes diz que tentativa de atentado em Brasília não é um fato isolado