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MT cobra laudo e admite liberação do Itaquerão na quarta

O Ministério do Trabalho assinou laudo que constatou falta de segurança e interditou parte da obra do estádio, mas acredita que ele pode ser liberado amanhã


	O estádio Itaquerão: no último sábado, o operário Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, morreu após cair de uma altura de aproximadamente oito metros durante a instalação das arquibancadas
 (Miguel Schincariol/AFP)

O estádio Itaquerão: no último sábado, o operário Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, morreu após cair de uma altura de aproximadamente oito metros durante a instalação das arquibancadas (Miguel Schincariol/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 14h02.

São Paulo - A continuidade da obras para instalação das arquibancadas provisórias dos setores Norte e Sul do Itaquerão dependem da apresentação de um laudo da empresa Fast Engenharia, encarregada pela montagem das estruturas, para serem liberadas.

O local onde este processo vinha sendo realizado foi interditado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, na tarde da última segunda-feira, após serem constatadas irregularidades relacionadas à segurança dos trabalhadores.

No último sábado, o operário Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, morreu após cair de uma altura de aproximadamente oito metros durante a instalação das arquibancadas móveis do estádio do Corinthians.

O trabalhador era funcionário da empresa WDS Construções, contratada pela Fast Engenharia para executar os serviços de montagem das arquibancadas provisórias da arena que será palco da abertura da Copa do Mundo de 2014.

"O que vimos foi uma falta de proteção coletiva. O serviço que estava sendo feito (colocação de pisos) exige proteção, porque em qualquer erro o trabalhador vai cair mesmo. O mínimo de proteção, neste caso, é a rede", explica o auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Noé Dias Azevedo. Além disso, os funcionários da empresa também enfrentavam problemas com seus equipamentos.

"A proteção individual dos funcionários não era suficiente. Como os pisos são muito amplos, acaba dificultando o uso do engate. O que percebemos é que em algum momento o funcionário ficam sem (proteção), correndo risco de vida", completou.

Está prevista para começar às 15 horas desta terça, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, uma reunião entre o órgão e a Odebrecht.

"A bola está com eles. A empresa (Fast Engenharia), comprovando a capacitação, comprovando a análise de risco dos trabalhadores e principalmente e implementando uma proteção coletiva e melhorando a proteção individual, nós liberamos a obra sem problema", afirma Azevedo.

Superintendente regional do Ministério do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, que assinou laudo que constatou falta de segurança e interditou parte da obra do Itaquerão, admitiu nesta terça-feira, porém, que a mesma poderá ser liberada para instalação das arquibancadas provisórias já nesta quarta.

"Quem vai dizer se a obra será liberada são os técnicos. Acredito que hoje será difícil a obra ser liberada, mas amanhã ela pode voltar ao normal se os técnicos liberarem", disse Medeiros.

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