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MST ocupa fazenda de Eike Batista em Minas Gerais

Dea cordo com MST, cerca de 200 famílias estão no local, em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte

MST: diz que propriedade está abandonada depois de ter sofrido "crimes ambientais devido à exploração mineral desordenada" (MST/Twitter/Reprodução)

MST: diz que propriedade está abandonada depois de ter sofrido "crimes ambientais devido à exploração mineral desordenada" (MST/Twitter/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2017 às 12h39.

Última atualização em 26 de julho de 2017 às 13h24.

Belo Horizonte - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocuparam na madrugada desta quarta-feira, 26, fazenda que pertence à MMX, empresa de Eike Batista, em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Cerca de 200 famílias estão no local, conforme o MST. A MMX está em recuperação judicial.

Segundo os Sem-Terra, a ocupação integra a Jornada Nacional de Lutas "Corruptos Devolvam Nossas Terras".

Ainda conforme o MST, a propriedade em Bicas encontra-se abandonada depois de ter sofrido "crimes ambientais devido à exploração mineral desordenada".

Em nota divulgada nesta quarta-feira, o MST afirma que Eike, "preso, acusado de corrupção, ele responde ao processo em prisão domiciliar, dentro de sua mansão.

Enquanto isso, os trabalhadores brasileiros continuam sofrendo com o desemprego, a falta de moradia e de acesso à terra".

Nesta terça-feira, 25, o MST ocupou propriedades da Argeplan, que tem como um dos sócios João Baptista Lima Filho, que já foi assessor do presidente Michael Temer (PMDB) e da Amaggi, empresa que pertence à família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

Uma fazenda que pertenceria ao ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, também foi invadida.

Maggi disse nesta quarta-feira que a propriedade de sua família invadida por sem-terras éprodutiva, por isso não cabe qualquer pretensão de desapropriação para fins de reforma agrária. "É uma ação política, que tem dia para começar e dia para terminar", comentou.

Ele negou também que haja trabalho escravo na propriedade. "Se tivesse qualquer resquício disso, Eu nãoestaria aqui", afirmou.

Segundo um dos coordenadores do MST em Minas, Silvio Neto, as últimas ocupações "são apenas o começo". "O Brasil tem o MST disposto a lutar.

Com isso vamos garantir nossos direitos, que o golpe tenta nos arrancar", afirmou.

A reportagem entrou em contato com a MMX no Rio de Janeiro, porém, recebeu a informação de que a pessoa que poderia contatar Eike Batista estava em férias. A reportagem também acionou a defesa do empresário, e aguarda retorno.

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