Ávila - O estado de Mato Grosso do Sul procura empresas espanholas dos setores de cerâmica e hotelaria para que o ajudem a desenvolver essas indústrias em seu território.

Mato Grosso do Sul lançou um convite às empresas espanholas desses dois setores através do Instituto de Comércio Exterior (ICEX) da Espanha e lhes oferece apoio logístico, financeiro e fiscal das cidades para as companhias interessadas em se instalar no estado, segundo informou nesta quinta-feira a câmara de Comércio de Ávila (centro da Espanha).

O interesse por estes setores surgiu por causa de uma visita ao estado realizada pelo embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Cámara, depois que instituições locais transmitiram ao Escritório Econômico e Comercial da Espanha na capital federal o interesse da Associação de Municípios do Mato Grosso do Sul nas empresas espanholas.

Segundo os prefeitos da região, os setores com maior projeção na região são a indústria cerâmica, devido às grandes concentrações de argila que existem no estado, e o setor hoteleiro por considerar que ele é "insuficiente" para a demanda atual.

Concretamente, a capital Campo Grande, com 805.397 habitantes, manifestou seu interesse em criar laços com companhias espanholas do setor hoteleiro perante o aumento da demanda do turismo de eventos e negócios e a deficiência atual destes serviços.

Por outro lado, o município de Rio Negro oferece apoio logístico, financeiro e fiscal às empresas interessadas em criar projetos de investimento no setor de cerâmica.

Outros municípios que se interessaram pela busca de novos parceiros espanhóis são Amambai e Rio Verde, na indústria cerâmica; Bonito, Corumbá, Ponta Porã e Três Lagoas, nos segmentos de hotelaria, ecoturismo e hoteleiro de negócios.

Situado no interior do Brasil, o estado do Mato Grosso do Sul faz fronteira com a Bolívia e Paraguai, o que facilita os intercâmbios comerciaiscom ambos os países.

Com uma extensão similar à Alemanha e dois milhões e meio de habitantes, o Mato Grosso do Sul possui um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 43 bilhões e em seu território fica a reserva ecológica do Pantanal, um dos maiores destinos turísticos naturais de Brasil.