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MPL não divulgará trajeto da manifestação com antecedência

Em nota, a SSP diz que aguarda até as 19h de hoje o comunicado do percurso


	MPL: em nota, a SSP diz que aguarda até as 19h de hoje o comunicado do percurso
 (Rovena Rosa / Agência Brasil)

MPL: em nota, a SSP diz que aguarda até as 19h de hoje o comunicado do percurso (Rovena Rosa / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 15h33.

O Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo, que fará nesta terça-feira (26) a sexta manifestação contra o aumento da tarifa de transporte público, informou hoje (25) que não informará com antecedência o trajeto da mobilização.

A decisão contraria a postura da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que tem reprimido as mobilizações cujo percurso não é negociado com a polícia, como ocorreu no último protesto, quinta-feira passada (21).

“Em uma interpretação absurda da Constituição, [a SSP] decidiu que tem o direito de determinar o trajeto a ser seguido por uma manifestação convocada por um movimento social”, diz nota do MPL. Amanhã, às 10h, os integrantes do MPL darão entrevista coletiva no Sindicato dos Jornalistas para explicar a decisão. Segundo a organização, o trajeto será discutido diretamente com os participantes do ato durante a concentração.

Em nota, a SSP diz que aguarda até as 19h de hoje o comunicado do percurso. De acordo com a nota, o secretário Alexandre de Moraes coloca-se à disposição dos organizadores do projeto para uma reunião amanhã (26), às 11h.

“Com o prévio aviso e a reunião de planejamento, o Poder Público poderá fazer o remanejamento necessário das linhas de ônibus e do trânsito e a retirada de detritos, para assegurar a segurança de todos e a tranquilidade dos manifestantes”, acrescenta a secretaria.

O MPL criticou também a ação da Polícia Militar nos protestos, considerando-a violenta.

“Tais agressões às manifestações se repetem ano após ano, sempre que a população se coloca contra as decisões de políticos que beneficiam aqueles que lucram com a exploração dos trabalhadores”, diz, em nota, o movimento.

Para o MPL, é "autoritária e antidemocrática" a postura do governo estadual ao impedir que os manifestantes decidam sobre o trajeto.

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