Ato do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo (Reprodução/Twitter/@mobilidadesampa)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 18h27.
São Paulo - O Movimento Passe Livre (MPL) começou, no final da tarde de hoje (29), a sexta manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público (trem, metrô e ônibus) em São Paulo.
O aumento, de R$ 3 para R$ 3,50, passou a vigorar no último dia 6. “Agora é de três para baixo” é a frase estampada nas faixas do movimento, que pressiona prefeitura e estado a adotarem o transporte coletivo gratuito para todas as pessoas.
“O prefeito Haddad e o governador Alckmin decretaram mais um aumento das tarifas. Deslocar-se pela cidade, algo pelo qual não deveríamos ter que pagar nada, passa a custar R$ 3,50 - e para quem pega metrô e ônibus, vai para R$ 5,45.
Nas linhas do Emtu [Empresa Metropolitana de Transporte Urbano], o aumento de 16% leva a tarifas estratosféricas”, informa, em nota, o movimento.
A concentração da manifestação de hoje ocorreu no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Os ativistas saíram em passeata às 18h20 com destino à casa do prefeito Fernando Haddad, na região da Avenida Paulista.
Depois, a marcha seguirá para a Avenida 23 de Maio e se encerrará próximo à Assembleia Legislativa.
Antes de começar o protesto, o MPL fez uma assembleia para decidir o trajeto.
A polícia não permitiu, nas manifestações anteriores, que a marcha passasse pela Avenida Paulista em razão da construção de uma ciclovia no local. Segundo a PM, os tapumes, pedras e demais materias utilizados na obra podem representar risco em um eventual conflito.
Nem a polícia e nem o MPL divulgaram o número de manifestantes, que lotavam o vão livre do Masp.
A última manifestação do MPL, na terça-feira (27), terminou de forma pacífica. No entanto, após a dispersão do ato, bombas de gás lacrimogênio foram lançadas pela PM dentro da Estação Faria Lima do metrô.
Passageiros, inclusive crianças, foram atingidas e precisaram ser atendidas pelo serviço médico do metrô. Na correria, vidraças foram quebradas.
A polícia alegou que havia pessoas com a intenção de pular a catraca e impedindo a passagem de outros passageiros. A ação da polícia interditou a estação por quase uma hora.