Brasil

MPF propõe ação contra Renan por omitir informações

MPF argumenta que a ação foi proposta após Calheiros ter deixado de responder a sete pedidos de explicações sobre a ocupação de cargos comissionados


	Renan Calheiros: inquérito foi enviado a Rodrigo Janot, a quem cabe apresentar ação penal contra o presidente do Senado
 (Jonas Pereira/ Agência Senado)

Renan Calheiros: inquérito foi enviado a Rodrigo Janot, a quem cabe apresentar ação penal contra o presidente do Senado (Jonas Pereira/ Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2015 às 17h52.

Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) pediu hoje (1º) a abertura de ação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por improbidade administrativa.

De acordo com os procuradores, Calheiros deixou de fornecer informações a respeito de supostas irregularidades na ocupação de cargos comissionados no Senado.

No pedido, o MPF argumenta que a ação foi proposta após Calheiros ter deixado de responder a sete pedidos de explicações sobre a ocupação de cargos comissionados.

Entre os dados requisitados estavam a relação de ocupantes dos cargos comissionados, remuneração e lotações destes funcionários, horário de expediente, controle de frequência e a atividade desenvolvida pelos profissionais.

Os procuradores queriam saber também se eles desempenhavam atividades de chefia e coordenação e se tinham algum vínculo de filiação com partidos políticos.

Além disso, pediram o número de candidatos aprovados em concursos públicos que aguardavam nomeação.

Na ação, o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes argumenta que Calheiros era obrigado a dar retorno aos pedidos, uma vez que as requisições têm caráter impositivo,  não se configurando em mero requerimento, de atendimento facultativo.

Segundo o procurador, ao deixar de responder as requisições, o que se demonstrou foi o “reiterado descumprimento da requisição formulada pelo Ministério Público Federal, o que impediu a adequada instrução do inquérito civil, que tem por objeto apurar supostas irregularidades ocorridas no Senado Federal, no que tange à contratação exagerada de servidores comissionados, acarretando possível dano ao patrimônio público”, argumentou Lopes.

O inquérito foi enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem cabe apresentar ação penal contra o presidente do Senado.

Caso a ação seja aceita, a pena pode resultar na perda da função pública, suspensão de direitos políticos por até 5 anos e o pagamento de multa. A reportagem procurou a assessoria de imprensa de Renan Calheiros e aguarda pronunciamento do presidente do Senado.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosRenan CalheirosSenado

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU