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MPF processa Pazuello por omissão na compra de vacinas

Ação por improbidade administrativa foi movida pela Procuradoria da República do Distrito Federal

Ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello em depoimento à CPI da Covid (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello em depoimento à CPI da Covid (Jefferson Rudy/Agência Senado)

AO

Agência O Globo

Publicado em 2 de julho de 2021 às 10h57.

Última atualização em 2 de julho de 2021 às 11h00.

O Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação por improbidade administrativa contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A ação foi movida pela Procuradoria da República do Distrito Federal (PR-DF) e é a segunda do tipo contra o ex-ministro. O processo aponta um prejuízo causado pela gestão de Pazuello de pelo menos R$ 122 milhões. Os procuradores identificaram “negligência” nas negociações para a compra de vacinas.

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A ação tramita em segredo de Justiça e foi assinada por oito procuradores da República. Segundo nota divulgada pelo MPF, os procuradores identificaram seis irregularidades cometidas na gestão de Pazuello entre elas: omissão na compra de vacinas, adoção ilegal do chamado tratamento precoce com medicamentos sem comprovação científica contra a Covid-19 como a cloroquina e omissão na ampliação da política de testagem contra a doença. Segundo os procuradores, a “omissão e negligência” na compra de vacianas “custou caro à sociedade”.

“A omissão e a negligência do ex-ministro da Saúde no trato das negociações das vacinas custou caro à sociedade (que sofre os efeitos sociais de uma economia em crise e sem perspectiva de reação), à saúde da população (que amarga índices descontrolados de morbidade e mortalidade por covid-19) e ao SUS (cujos leitos de UTI Covid adulto, só no primeiro semestre de 2020, custaram R$ 42 milhões/dia ou R$ 1,27 bilhão/ mês)”, afirmam os procuradores.

Esta é a segunda ação por improbidade administrativa enfrentada por Pazuello. Ele também é processo pelo MPF no Amazonas por conta de sua atuação na crise do sistema de saúde do estado no início do ano.

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