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MPF investigará irregularidade na compra de caças suecos

O Ministério Público Federal abriu investigação para determinar se houve irregularidades na compra de 36 caças de combate da fabricante Saab


	Caça Gripen, fabricado pela Saab: procuradores pretendem investigar, entre outros aspectos, o motivo do aumento no valor do contrato
 (Mike Hewitt/Getty Images)

Caça Gripen, fabricado pela Saab: procuradores pretendem investigar, entre outros aspectos, o motivo do aumento no valor do contrato (Mike Hewitt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 20h16.

Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quinta-feira que abriu uma investigação para determinar se houve irregularidades na compra de 36 caças de combate da fabricante sueca SAAB pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Os procuradores pretendem investigar, entre outros aspectos, o motivo do aumento no valor do contrato, assinado em outubro de 2014 entre a empresa sueca Saab e o governo brasileiro, em relação ao que foi inicialmente pactuado entre as partes, disseram à Agência Efe fontes do MPF.

Através de um comunicado, a FAB informou que, até o momento, não foi notificada oficialmente da investigação, mas transmitiu sua disposição "para atender a todas as solicitações das autoridades competentes".

A FAB negou qualquer tipo de irregularidade na compra dos 36 caças modelo Gripen-NG, mas reconheceu que no contrato final assinado no final de 2014 houve um aumento sobre a oferta inicial realizada em 2009 devido a solicitações de mudanças nos aviões.

A oferta de compra foi de US$ 4,5 bilhões, mas o contrato assinado no final de 2014 em coroas suecas aumentou até o equivalente a US$ 5,4 bilhões, que ainda não foram pagos, detalhou a FAB.

No entanto, devido à oscilação cambial, o valor do contrato assinado em 2014 hoje equivale de novo a US$ 4,55 bilhões.

O governo brasileiro anunciou em 2013 que escolheu os caças da Saab na licitação aberta para adquirir 36 aviões de combate de última geração Y para substituir seus Mirage 2000 de fabricação francesa, cuja vida útil já terminou.

Os aviões suecos concorriam com os Rafale da empresa francesa Dassault e com os FA-118 Super Hornet da americana Boeing em uma licitação lançada em 2001 e adiada várias vezes.

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