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MPF é favorável a acesso da OAS à delação da Lava Jato

O Ministério Público Federal se manifestou a favor do acesso da construtura ao conteúdo da delação premiada de executivos da Toyo Setal, na Operação Lava Jato


	OAS: pedido de acesso à delação premiada foi feito em novembro
 (REUTERS/Aly Song)

OAS: pedido de acesso à delação premiada foi feito em novembro (REUTERS/Aly Song)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 17h16.

Brasília - O Ministério Público Federal manifestou-se favorável ao acesso da construtora OAS ao conteúdo da delação premiada feita pelos executivos da Toyo Setal, que afirmaram ter pago R$ 154 milhões em propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, também preso na Operação Lava Jato.

A manifestação foi encaminhada ontem (1º). Agora, cabe ao juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal no Paraná e responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, decidir se aceita ou não liberar o conteúdo dos depoimentos.

À Justiça, os executivos da Toyo Setal, Júlio Camargo e Augusto Mendonça Neto, disseram que o dinheiro da propina serviu para formação de cartel envolvendo as principais empreiteiras do país na realização de obras em seis projetos da Petrobras.

Parte do dinheiro seria repassado a partidos políticos.

O pedido de acesso à delação premiada foi feito em novembro, logo após a prisão de 25 pessoas, entre elas cinco executivos da OAS.

Seguindo instrução dos advogados, elas permaneceram em silêncio durante depoimentos à Polícia Federal, em Curitiba.

Dois deles, Agenor Franklin Medeiros, diretor-presidente da área internacional da construtora, e José Ricardo Breghirolli, funcionário da empresa em São Paulo, ainda estão em prisão preventiva.

A defesa argumenta que o acesso ao conteúdo da delação também beneficiará outros três executivos da empreiteira.

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