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MPF denuncia à Justiça Richa e mais 32 investigados na Lava Jato

Ex-governador do Paraná é acusado por corrupção passiva e organização criminosa na concessão de rodovias estaduais

Beto Richa: Ex-governador é acusado do recebimento de R$ 2,7 milhões em propina (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Beto Richa: Ex-governador é acusado do recebimento de R$ 2,7 milhões em propina (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 18h30.

O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná denunciou hoje (28) à Justiça o ex-governador do estado Beto Richa e mais 32 investigados pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa na concessão de rodovias estaduais, na 58ª fase da Operação Lava Jato.

Richa está preso desde a última sexta-feira (25), quando a operação foi deflagrada. Ele está custodiado em um quartel da Polícia Militar em Curitiba.

De acordo com o MPF, o suposto esquema criminoso, que perdurou por cerca de 20 anos, durante vários governos, desviou R$ 8,4 bilhões por meio de recursos arrecadados com o reajuste da tarifa de pedágio do Anel de Integração do Paraná, malha de rodovias do estado, além de obras e concessões, em troca de vantagens indevidas.

Foram denunciados o ex-governador, acusado do recebimento de R$ 2,7 milhões em propina, empresários e um ex-diretor da empresa estadual de logística.

A defesa de Richa alega que os fatos apresentados pelos procuradores da República foram devidamente esclarecidos, "não restando qualquer dúvida quanto à regularidade de todas as condutas praticadas."

Em setembro do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu liberdade ao ex-governador. No entendimento dos advogados, o novo decreto de prisão desrespeitou a decisão do ministro.

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