O incêndio ocorreu pelo uso de um artefato pirotécnico durante o show da banda Gurizada Fandangueira, que, em contato com a espuma do isolamento acústico do teto, gerou um gás tóxico que causou a maioria das mortes, segundo o relatório policial (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2013 às 19h22.
Rio de Janeiro - O Ministério Público do Rio Grande do Sul responsabilizou nesta segunda-feira quatro bombeiros por irregularidades que provocaram o incêndio da boate Kiss, na cidade de Santa Maria, onde morreram 242 pessoas no último dia 27 de janeiro.
Os quatro bombeiros, o coronel Altair de Freitas Cunha, o tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, o capitão Alex da Rocha Camillo e o major retirado Daniel da Silva Adriano foram acusados pelo delito de improbidade administrativa.
O Ministério Público considerou que os quatro acusados concederam alvarás de funcionamento à boate desde 2008 sem que fossem cumpridas várias normas contra incêndios.
Este processo se soma a outro aberto pela Justiça militar, que processou oito bombeiros por supostas omissões de supervisão da segurança na boate.
Os dois proprietários da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffman, e dois membros da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no momento do incêndio, o cantor Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor musical Luciano Augusto Bonilha Leão, foram acusados de homicídio em primeiro grau.
O incêndio ocorreu pelo uso de um artefato pirotécnico durante o show da banda Gurizada Fandangueira, que, em contato com a espuma do isolamento acústico do teto, gerou um gás tóxico que causou a maioria das mortes, segundo o relatório policial.
Também hoje a Advocacia Geral da União (AGU) ordenou os donos da Kiss a pagar R$ 1,5 milhão como ressarcimento de benefícios previdenciários concedidos a 17 funcionários, terceirizados e dependentes, cinco deles falecidos no incêndio da boate.