Nuzman: o presidente do COB foi detido durante a Operação Unfair Play (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de outubro de 2017 às 16h24.
Última atualização em 9 de outubro de 2017 às 20h22.
Rio - O Ministério Público Federal do Rio (MPF-RJ) pediu a conversão do pedido de prisão temporária do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, para preventiva (sem prazo para terminar), na tarde desta segunda-feira.
O prazo da prisão temporária, que tem validade de cinco dias, vencerá nesta segunda-feira. O juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, decidirá até o final desta tarde se aceita não o pedido do MPF.
Junto com o pedido, o MPF também solicitou a prorrogação do pedido da prisão temporária do ex-diretor de Marketing e Comunicação do COB, Leonardo Gryner.
Os dois foram presos pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira. Eles estão detidos em Benfica, na zona norte do Rio.
Nuzman foi detido durante a Operação Unfair Play, um desdobramento da Lava Jato que aponta que houve compra de votos para que o Rio fosse escolhido como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Na denúncia, os procuradores federais apontaram para a ocultação de bens de Nuzman, incluindo 16 barras de ouro depositadas em um cofre na Suíça, motivaram a prisão.
Os procuradores também citaram que Nuzman teve crescimento "exponencial" de seu patrimônio entre 2006 a 2016: 457%.