Manifestantes correm de bomba de gás lacrimogêneo da polícia durante protestos nas ruas do centro do Rio de Janeiro: ator morreu em um hospital no Rio de Janeiro, onde estava internado desde 25 de julho, cinco dias depois de participar de uma grande manifestação (Fernando Frazão/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2013 às 12h05.
Rio de Janeiro - O Ministério Público anunciou nesta segunda-feira que abriu uma investigação preliminar para verificar se a morte de um manifestante que participou dos protestos de junho ocorreu por conta da inalação de gás lacrimogêneo, lançado pela polícia.
O ator Fernando da Silva Cândido, de 34 anos, morreu na quarta-feira passada por conta de problemas respiratórios em um hospital no Rio de Janeiro, onde estava internado desde 25 de julho, cinco dias depois de participar de uma grande manifestação.
O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que decidiu abrir uma investigação preliminar para esclarecer os motivos da morte do ator, que segundo seus amigos e parentes, foi por conta da inalação de gás lacrimogêneo durante o citado protesto.
O primeiro passo da investigação é solicitar o histórico clínico do ator no hospital Israelita Albert Sabin, onde morreu, o que será realizado nesta segunda, de acordo com um comunicado.
Uma vez analisado o histórico e uma declaração do ator dias antes de morrer, publicada no YouTube, a promotoria decidirá quais medidas irá tomar.
No passado, Cândido sofria de doenças respiratórias e tuberculose, curada há seis anos, segundo disseram os amigos do ator.
Durante os protestos de junho foram registradas oito mortes em diversas cidades, quatro delas por atropelamento durante as manifestações.