Sérgio Cabral: o ex-governador do Rio de Janeiro, que está preso (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 15h15.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou uma ação civil pública por improbidade administrativa, na 4ª Vara de Fazenda Pública, contra o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), Jorge Picciani.
A ação pede a indisponibilidade de bens dos dois acusados, além do operador José Augusto Ferreira dos Santos e da Agrobilara Comércio e Participações, empresa de criação de gado da família Picciani.
O Ministério Público pede a indisponibilidade de R$ 4 milhões de Sérgio Cabral, que está preso no Rio.
Segundo o MP, durante as investigações da Operação Cadeia Velha, a empreiteira Carioca Christiani-Nielsen Engenharia fez acordo de leniência com o Ministério Público Federal, em que revelou detalhes de um esquema de corrupção envolvendo a gestão Cabral e construtoras, através de fraudes em licitações e execuções de obras custeadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a urbanização da comunidade da Rocinha e a construção do Arco Metropolitano e da Linha 4 do Metrô.
Também foram constatadas fraudes nas licitações das obras de reforma do estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. A empresa teria pago R$ 1 milhão ao então governador, entre 2007 e 2014, através de operações superfaturadas de compra e venda de gado pela Agrobilara.
O MP pede a indisponibilidade de R$ 4 milhões de Cabral e de até R$ 3 milhões de Picciani, de José Augusto e da Agrobilara.