Na representação, endereçada ao presidente do TCU, o subprocurador-geral afirma que, apesar de minimizado pelo Banco Central, "o erro em questão foi bilionário (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 09h09.
O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, pediu ontem que a Corte apure o erro bilionário do Banco Central (BC) nos dados do mercado de câmbio informado na semana passada.
Na última quinta-feira, 26, o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, informou que o banco identificou um erro nos dados referentes a importações desde outubro de 2021. Com isso, o fluxo cambial total de 2022 passou de uma entrada de US$ 9,574 bilhões para saída de US$ 3,233 bilhões - um erro de mais de US$ 1 bilhão por mês.
Ao comunicar o erro, Rocha falou em "falha na compilação das estatísticas".
Na representação, endereçada ao presidente do TCU, o subprocurador-geral afirma que, apesar de minimizado pelo Banco Central, "o erro em questão foi bilionário, ocorrido em meio a uma acirrada disputa eleitoral e adiciona incertezas e desconfianças ao mercado brasileiro, que já passa por um momento difícil".